Os Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM), em parceria com as autarquias de Braga e Guimarães estão a trabalhar com empresários da hotelaria e alojamento local na tentativa de encetar parcerias que permitam mais camas a preços acessíveis para os alunos da instituição. A informação foi revelada à RUM pelo reitor da Universidade do Minho, na noite desta terça-feira.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior negociou protocolos com as associações representativas dos sectores, prevendo um conjunto de regras a que as entidades devem obedecer. 

A menos de uma semana do arranque do novo ano lectivo, Rui Vieira de Castro lamenta que o processo tenha sido desencadeado "tardiamente" apesar de todos os alertas e trabalho realizado pela UMinho e pelas autarquias. "Neste momento, os SASUM juntamente com a equipa reitoral estão a procurar estabelecer concretizações destes protocolos. O apoio das autarquias tem sido extremamente relevante. Portanto, vamos certamente encontrar forma de, também por esta via, debelar este que é um dos grandes problemas com que o Ensino Superior se debate hoje", informou.

Sobre o plano de alojamento para estudantes do ensino superior lançado há dois anos pelo Governo, o reitor da Universidade do Minho critica, em entrevista à RUM, o facto de não ter qualquer resultado prático. Segundo

o reitor, o plano "significou praticamente nada até hoje e não porque a Universidade, a AAUM ou porque as autarquias não se tivessem esforçado", avisou.

Na mesma entrevista, o presidente da AAUM, Rui Oliveira acusa o governo de "irresponsabilidade" em todo o processo e reivindica, por exemplo, um complemento de transporte para alunos. O estudante "estranha" que o Estado ajude via complemento de alojamento os estudantes que não conseguem ter alojamento nas residências, mas não ajude via complemento de transporte. Nesta matéria, o representante máximo dos estudantes sugere um apoio deste tipo no futuro. "Um estudante de Santo Tirso e que tenha que vir para Guimarães pode ter apoio via residência, mas nunca terá apoio do Estado via passe. É uma das questões que me parece importante pensar no futuro e acrescentar para esta solução", sugeriu.