ºC, Braga
Braga

Max º Min º

Guimarães

Max º Min º

Vanessa Batista / RUM
Vanessa Batista

Academia 04.08.2021 07H00

UMinho dá novo passo para combater abandono. Protocolo permite atribuição de 12 bolsas

Escrito por Vanessa Batista
Protocolo foi assinado com o Grupo Indaqua, dedicado à gestão e abastecimento de água, que irá atribuir 12 bolsas a alunos carenciados no valor de 700 euros.
Declarações de Rui Vieira de Castro, reitor da UMinho, e do CEO do Grupo Indaqua, Pedro Perdigão.

false / 0:00

12 alunos da Universidade do Minho vão beneficiar de uma bolsa no valor de 700 euros anuais. O protocolo entre a academia minhota e o Grupo Indaqua, dedicado à gestão e abastecimento de água, foi assinado esta terça-feira, na Reitoria da UMinho.


O apoio será atribuído, segundo o administrador dos Serviços de Ação Social da UMinho (SASUM), António Paisana, aos alunos mais carenciados da UMinho que tenham visto os seus pedidos de bolsa, ao abrigo do regulamento de bolsas, "indeferido", devido ao rendimento per capita do agregado familiar. Os alunos devem também ser oriundos dos concelhos de Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, Santo Tirso, Trofa e Vila do Conde, onde o grupo opera, sendo também motivo de análise o aproveitamento escolar.


Este apoio destina-se primordialmente ao pagamento da propina que na UMinho está orçada em 697 euros (para o primeiro ciclo).


O reitor Rui Vieira de Castro vê com bons olhos este apoio e desafiou a Indaqua, assim como outras empresas, instituições e autarquias a contribuir para reduzir os fenómenos de abandono ou insucesso escolar. Segundo o responsável máximo da academia minhota existem, em média, 6 mil alunos bolseiros na instituição, logo esta é uma questão que "requer uma atenção muito particular".


Neste momento, Portugal regista uma taxa de abandono no ensino superior de 10%, de acordo com os dados avançados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Porém, este é um fenómeno "complexo", visto que "o facto de um estudante ter deixado de frequentar a UMinho não significa, necessariamente, que tenha abandonado o ensino superior, pode ter mudado de instituição". 


Atualmente, 50% dos jovens frequentam o ensino superior. O objetivo do Ministério passa por em 2030 aumentar para 60% a frequência neste ciclo.



Grupo Indaqua não descarta a possibilidade de vir a contratar licenciados da UMinho.


O CEO do Grupo Indaqua, Pedro Perdigão, adianta que a decisão de financiar a educação dos mais jovens surgiu durante a pandemia, depois de ouvir um testemunho de uma jovem com carências financeiras que iria abandonar o ensino superior. "Pareceu-nos que evitar a saída de uma estudante universitário por motivos financeiros era algo superior ao valor das bolsas que estamos aqui a atribuir", afirma.


O responsável não coloca de parte a possibilidade de o grupo vir a beneficiar do trabalho da universidade, uma vez que o setor em que estão inseridos está cada vez mais tecnológico e complexo. 

Deixa-nos uma mensagem