Academia 01.09.2020 11H50
UMinho justifica redução de vagas para maiores de 23 com diminuição da procura
Depois das críticas públicas lançadas pelo PAN, reitor da academia minhota esclarece situação.
A Universidade do Minho (UMinho) explicou hoje à RUM que a redução do número de vagas para candidatos maiores de 23 está relacionada com a diminuição da procura verificada nos últimos anos, aliada ao facto de no processo de candidaturas à 1ª fase de acesso ter aumentado de forma significativa o número de estudantes interessados em ingressar no ensino superior.
Nos últimos anos a UMinho disponibilizava 10% das vagas para candidatos maiores de 23 que, depois de admitidos, são ainda assim sujeitos a um exame específico. Depois da denúncia pública do PAN, esta segunda-feira, em que acusa a UMinho de defraudar expectativas de candidatos maiores de 23, Rui Vieira de Castro refutou tais acusações.
O reitor recorda que este curso foi criado em 2006/2007, o que demonstra “um compromisso muito forte” com este grupo, mas lembra também que "o curso por si, não garante o acesso e as pessoas sabem isso”.
Avisando que a Universidade do Minho “sabe e respeita a lei”, Rui Vieira de Castro adianta que a fixação do número de vagas é “sempre muito significativo”, mas a instituição “não pode ficar insensível à procura”.
Em 2019/2020, o curso maiores de 23 registou uma diminuição do número de inscritos de cerca de 40 formandos face ao ano anterior. Por essa razão foram feitos “alguns ajustamentos”. Além disso, alerta o Reitor, “ número de vagas de cada curso é limitado pelo máximo de admissões que é fixado pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior”. Mesmo assim, esclarece Rui Vieira de Castro, “o número de vagas para maiores de 23 é superior ao número de inscritos dos últimos anos (aproximadamente 130)”.
O reitor da academia minhota assume que“não se revê no juízo feito pelo PAN de uma alteração das regras a meio do jogo. "Não corresponde à realidade”, acrescenta.
Na mesma nota, o PAN critica também a instituição de ensino superior minhota a propósito da alteração de regime pós-laboral para regime diuro da Licenciatura em Marketing. Na resposta, Rui Vieira de Castro afirma que “não faz sentido ter um curso em regime pós-laboral quando tipicamente os estudantes que o procuram ingressam via concurso nacional de acesso”. Segundo o reitor, a UMinho “foi recebendo ao longo do tempo vários pedidos para que o curso passasse a funcionar em regime normal”.
A situação foi comunicada “atempadamente” e vai funcionar assim apenas no 1º ano, mantendo-se em regime pós-laboral o 2º e o 3º ano, conclui.