UMinho prepara novo ano letivo com o regresso presencial no horizonte

Depois de dois anos letivos desafiantes devido à pandemia de covid-19, a Universidade do Minho já está a preparar aquele que deverá ser o ano de regresso ao regime presencial. Este é pelo menos o desejo do reitor da academia minhota e para o qual a reitoria já está a trabalhar.
Rui Vieira de Castro frisa que este é o modelo de ensino que prima pela relação interpessoal direta entre os docentes e alunos. Além disso, reconhece que as experiências nas instituições de ensino superior devem contar, também, com iniciativas culturais, desportivas e recreativas, logo, espera que “o próximo ano letivo esteja o mais próximo possível” do normal.
UMinho distinguiu 158 estudantes com Bolsas de Excelência.
A instituição de ensino superior investiu um total de 110 mil euros neste galardão que premeia o trabalho, compromisso e resiliência dos alunos com uma média igual ou superior a 17 valores. Destes 158 alunos 49 são do primeiro ano de licenciatura. De sublinhar que todas as escolas e institutos da UMinho estiveram representadas na cerimónia.
À RUM, o reitor adianta que quer acreditar que esta valorização da excelência tenha um “efeito multiplicador”. Porém, caso tal não ocorra, “não retira a relevância de uma iniciativa deste tipo”. “Não tenho qualquer dúvida sobre a pertinência desta iniciativa que certamente é para manter”.
O responsável máximo da UMinho espera que estes “embaixadores” atuem como “agentes da construção de uma região e país mais desenvolvido, rico e justo”.
Durante a sessão foi também reforçada a premência, atualmente, de privilegiar uma formação continua e ao longo da vida, uma das grandes apostas da Universidade do Minho. “Esta é uma etapa deste percurso que vai ser realizado quase inevitavelmente ao longo da vida. Se os alicerces forem fortes, certamente terão um percurso recheado de êxitos”, declara.
Quem são os melhores alunos da Universidade do Minho?
Nuno Faria é estudante do Mestrado Integrado em Engenharia Informática e detém uma média de 17,89 valores. Este é o segundo ano consecutivo em que é distinguido com a Bolsa de Excelência, mas há cinco anos estava longe de imaginar o sucedido.
“Não consegui entrar na primeira fase. Quando consegui era o que tinha a média de ingresso mais baixa. Não estava à espera de chegar tão longe, por isso, vou-me dedicar a isto. Não vou deixar passar uma oportunidade”, revela.
Marta Almeida, aluna do 6º ano de Medicina, terminou o curso com uma média de 17,09. Esta foi a primeira vez que atingiu a excelência, e logo num ano com vários obstáculos. “Acho que ter ficado sem estágio acabou por criar algumas dificuldades, mas por outro lado, foi uma forma de aprender a superar desafios. Acabei por ganhar outras competências e uma maior resiliência que penso que não teria se tivesse feito o meu percurso normal”, sublinha.
Já Pedro Cruz, estudante de História, terminou a licenciatura com uma média de 18,43. O palco das Bolsas de Excelência também não é uma novidade para o aluno que não dedica 100% aos estudos, uma vez que sempre teve como interesse a participação em atividades extracurriculares.
“Não é quantidade de tempo que dedicamos ao estudo que faz a diferença, mas sim, a qualidade e a forma como aproveitamos”, afirma.
Recorde-se que a Universidade do Minho foi a escolha de três alunos, em 2020, com média de 20 valores no ingresso no ensino superior.
