Academia 06.01.2021 10H48
UMinho procura solução e parceiros para recuperar edifício do Castelo e rejeita alienação
Reitor Rui Vieira de Castro disse ontem, numa entrevista ao programa da RUM Campus Verbal, que antes da pandemia estavam em análise várias propostas.
A Universidade do Minho (UMinho) está à procura de uma solução para o edifício do Castelo, mas o reitor avisa que a alienação do edifício não será nunca uma opção.
Ontem à noite, em entrevista à RUM, o reitor Rui Vieira de Castro assumiu a possibilidade de mecenato na concretização de um projeto para o edifício emblemático, mas de portas encerradas e degradado no coração da cidade.
Proprietária de um vasto leque de edifícios de grande envergadura no centro de Braga, a instituição de ensino superior está a braços com a necessidade de avultados investimentos na requalificação do seu património com destaque para os edifícios do Castelo e da rua D. Afonso Henriques, assim como o prédio junto ao Museu Nogueira da Silva, o único dos três com actividade actualmente.
Rui Vieira de Castro revelou que “várias propostas estavam a ser analisadas” antes da pandemia que veio “paralisar" o processo. “Temos várias propostas. A Universidade do Minho não quer alienar os edifícios, quer encontrar soluções para a recuperação”, vincou.
Para os prédios junto ao Museu Nogueira da Silva, a UMinho pretende “cumprir as disposições do legado do Comendador Nogueira da Silva”, disse.
Sem capacidade financeira ou instrumentos para uma candidatura financiada a concursos que suportem uma intervenção no edifício do Castelo, Rui Vieira de Castro procura uma solução “em linha com objetivos da própria universidade”. “Resta-nos encontrar em articulação com entidades privadas, sob a forma, por exemplo, de mecenato, soluções para este edifício como para o edifício na rua D. Afonso Henriques”, acrescenta.
O reitor acredita que com a entrada num quadro de alguma normalidade possam surgir notícias sobre o tipo de intervenção.
Reconhecendo que a UMinho “não se sente confortável com o estado de degradação, sobretudo do edifício do Castelo”, Rui Vieira de Castro repete a ideia de que a alienação “não resolve problema nenhum da universidade e signifaria abdicar de um património que pode ser muito relevante para a concretização de determinadas dimensões da actividade da universidade”.
O reitor escusou-se a revelar eventuais soluções que estariam em discussão antes da pandemia.
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* A 1 de janeiro a RUM passou a adotar o novo acordo ortográfico