UMinho quer “lançar para o mercado técnicos altamente preparados” para lidar com sismos

“Na UMinho estamos a fazer tudo, através da licenciatura em Proteção Civil e Gestão do Território, para lançar para o mercado técnicos altamente preparados para educar e sensibilizar as populações,em caso de sismo, porque boa parte dos riscos está nos comportamentos”. As palavras são do diretor do departamento de Geografia, António Bento Gonçalves.

A academia minhota assinala, esta quarta-feira, o Dia Internacional da Proteção Civil com uma simulação de busca e resgate e uma conferência, no campus de Azurém, em Guimarães.

O docente adiantou, em entrevista à RUM, que o objetivo da Universidade é formar pessoas que possam, em situações de crise, “tornar o território mais resiliente”, para que, por exemplo, em caso de sismo, “o número de vítimas ser muito mais reduzido e todas as operações de socorro ser muito mais eficazes”.

A iniciativa começa pelas 14h00, no relvado junto à entrada do campus, com uma demonstração de cães pisteiros da PSP a procurarem estudantes aparentemente soterrados. O momento conta com vários representantes da proteção civil.

A conferência está agendada para as 15h00, no anfiteatro 0.35 do edifício 2 do campus. Na abertura intervêm a presidente do ICS, Paula Remoaldo, e o diretor do Departamento de Geografia da UMinho, António Bento Gonçalves. Segue-se o debate “Terramotos: e se, e quando acontecer em Portugal?”, com o coronel Joaquim Leitão (Atlântica – Instituto Universitário), o comandante Rui Costa (Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil), o comandante Bento Marques (Bombeiros Voluntários de Guimarães), o subintendente João Martins (PSP) e o professor António Vieira (UMinho). A sessão é moderada pelo jornalista António Vieira (CNN Portugal/TVI) e termina pelas 17h30.

“Há uma importância social crescente em discutir este fenómeno em Portugal, percebendo o que falta fazer ou que já está feito pelas instituições e pelos cidadãos, de modo a tornarmos o socorro mais eficaz e o país mais resiliente”, considera Bento Gonçalves.

Os últimos sismos mais significativos em Portugal foram em 1980 nos Açores (7.2 na escala de Richter, 73 mortos), em 1988 em Arraiolos (4.1) e em 2020 na Madeira (5.2). Os mais recentes ocorreram estes dias ao largo do Algarve, sendo um deles sentido em Faro, mas sem quaisquer danos pessoais ou materiais.

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Liliana Oliveira
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