Academia 14.03.2023 07H00
UMinho recebe pela 1ª vez final da Liga Portuguesa de Bioinformática
Evento está inserido na programação do 12º Encontro Nacional de Bioinformática que decorre entre 16 e 18 de março, na Universidade do Minho.
Pela primeira vez, o 12º Encontro Nacional de Estudantes de Bioinformática vai receber, em simultâneo, a final da Liga Portuguesa de Bioinformática. Os eventos decorrem entre 16 e 18 de março, no auditório B1 do campus de Gualtar da Universidade do Minho, em Braga.
Centenas de estudantes de Lisboa, Porto e Coimbra vão participar no evento que é organizado pelo Núcleo de Estudos de Bioinformática da UMinho. Todos os participantes vão ficar instalados na Pousada da Juventude da cidade dos arcebispos e terão acesso a viagens a um euro para o campus.
Os participantes da fase final da Liga Portuguesa de Bioinformática estão habilitados a ganhar uma viagem para conhecer a Liga do Brasil, com tudo pago.
A iniciativa arranca pelas 9h30 de quinta-feira, no auditório B1 do campus de Gualtar, com o pró-reitor Manuel João Costa, a vice-presidente da Escola de Engenharia, Lígia Rodrigues, o diretor do Departamento de Engenharia Biológica, Armando Venâncio, o diretor adjunto do Departamento de Informática, Pedro Rangel Henriques, o diretor do mestrado em Bioinformática, Miguel Rocha, e a aluna representante da comissão organizadora, Alexandra Coelho.
A Universitária conversou com Rute Castro, membro da organização e estudante do último ano do mestrado em Bioinformática na UMinho, que destaca a participação de Kjell Petersen, que irá abordar a questão das infraestruturas de dados genómicos para a saúde, em especial, na área do cancro do endométrico.
Da parte da tarde, pelas 15h15, está prevista a palestra do diretor do Núcleo de Genómica e Bioinformática do Instituto Ricardo Jorge (INSA), João Paulo Gomes, cuja equipa foi a primeira a identificar a sequência genética do vírus monkeypox (varíola dos macacos) e teve um papel "muito importante durante a pandemia de covid-19 na comunicação de ciência".
Na sexta-feira de manhã, a UMinho recebe Loïc Lannelongue, da Universidade de Cambridge, que irá abordar a questão dos impactos ambientais da bioinformática. A título de exemplo, cada gene ligado a um milhar de características diferentes (altura, peso, doença específica…) equivale a 17 toneladas de CO2, o que daria para voar diariamente para Paris num semestre.
No sábado, está prevista uma mesa redonda com empresas como a SilicoLife, OmniumAI e a Accenture, de modo a informar os estudantes de licenciatura sobre as saídas profissionais na área. A ideia, segundo Rute Castro, passa por dar a possibilidade aos alunos de "experimentar um pouco de tudo dentro da área da bioinformática".
A organização tem previstas as apresentações de mais de 50 posters e a realização de workshops, na manhã de sábado, sobre quimioinformática, ontologias biomédicas, machine learning e biologia estrutural.
A responsável adianta ainda a existência de dois jantares, na quinta e sexta-feira, que vão permitir momentos de networking entre todos os participantes, investigadores e empresários.