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NUNO GONÇALVES/UMINHO
Elsa Moura

Academia 31.08.2020 17H27

UMinho reduz número de vagas para estudantes maiores de 23

Escrito por Elsa Moura
PAN acusa instituição de ensino superior minhota de "defraudar expectativas do candidatos". UMinho remete esclarecimentos sobre o assunto para o final do dia de hoje.
Bebiana Cunha, deputada do PAN

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A Universidade do Minho (UMinho) reduziu o número de vagas para estudantes maiores de 23 para o novo ano lectivo. Muitos cursos ficam aquém dos 10% anteriormente garantidos pela instituição. A denúncia partiu do PAN – Pessoas Animais Natureza - e ao gabinete do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior já chegou um conjunto de questões.


Aos microfones da RUM, Bebiana Cunha, deputada do PAN, acusa a UMinho de “defraudar as expectativas de muitos candidatos”.

“Houve alterações das regras inicialmente propostas pela Universidade do Minho”, começa por dizer a deputada. "10% das vagas para cada licenciatura ou mestrado integrado seriam para este concurso para maiores de 23. Isto actualmente não se verifica”, continua, explicando que num despacho interno, a UMinho apresenta um número de vagas “bastante inferior aos 10”.

Já na Licenciatura em Marketing, que funcionaria em regime pós-laboral, há uma alteração para regime diurno. Segundo a deputada, questionado sobre este último ponto, o Ministro Manuel Heitor terá garantido ao PAN que as regras não se iriam alterar, “muito menos num concurso que visa promover a oportunidade às pessoas de voltarem a estudar”.


Na visão da deputada do PAN, a UMinho “está a frustar expectativas e projectos pessoais” e sugere à UMinho que altere o número de vagas para o que tinha veiculado inicialmente. “Queremos que o Ministério esclareça a sua posição. As instituições recebem uma verba nestes casos e queremos saber que verba será atribuída à Universidadede do Minho”, acrescenta.


A deputada dá o exemplo da Licenciatura em Administração Pública, que tem 41 vagas e apenas duas para maiores de 23. “Isto é metade do que a UMinho inicialmente tinha referido e isto verifica-se numa série de licenciaturas. É flagrante e a Universidade tem que resolver o problema que criou”, reitera.


Escusando-se a qualquer leitura sobre as motivações da UMinho para tal alteração, a deputada do PAN disse apenas que se tratam de concursos “acessíveis em que as pessoas têm perspectivas de ingressar na Universidade do Minho” e que se trata do "caso mais flagrante” entre as instituições de ensino superior nesta matéria.


Contactada pela RUM, a UMinho remeteu esclarecimentos para mais tarde.

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