A Universidade do Minho vai avançar com uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) tendo em vista a recuperação do edifício da Escola Santa Luzia, na rua Francisco Agra, em Guimarães, para uma residência universitária. A informação foi avançada à RUM pelo reitor, Rui Vieira de Castro.

"O exercício que está a ser feito relativamente à Fábrica Confiança, em Braga, está a ser feito com a Escola de Santa Luzia, em Guimarães, que é o edifício que melhores condições apresentará para ser convertido numa residência", revelou o responsável máximo da UMinho, em entrevista à RUM.

Rui Vieira de Castro lembra que, na cidade berço, o processo é dificultado pelo facto de o imóvel pertencer ao Estado, mas garante que a Câmara de Guimarães "está comprometida com o esforço" de avançar com o projeto. 

A transferência da propriedade do imóvel é uma luta antiga, que UMinho e Câmara de Guimrães travam com a tutela, que continua por resolver, mas que é essencial para "desencadear todos os processos".

"A nossa expectativa, como estamos no quadro de uma manifestação de interesse e o edifício está identificado como associado ao Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior, é que a manifestação de interesse possa ser feita, independentemente de não estar resolvida a questão da propriedade", revelou o reitor. 

Recorde-se que, com vista a combater o flagelo da falta de camas para os estudantes da UMinho, o Governo tinha já identificado quatro edifícios: Edifício Militar e da antiga Escola D. Luís de Castro, em Braga, e Convento Rosa Lima e antiga Escola de Santa Luzia, em Guimrães. 

Em Braga, o projeto, orçado em 19 milhões de euros, prevê o acréscimo de 750 camas. Em Guimarães, "mediante os primeiros estudos, o número de camas deverá rondar as 350".

Através do Plano de Resiliência e Recuperação, o Governo prevê disponibilizar mais 15 mil camas a preço regulado para estudantes, até 2026, contabilizando um investimento de 375 milhões de euros.