A Escola de Medicina da Universidade do Minho vai estar envolvida na produção em massa de vacinas contra a covid-19. A informação foi avançada, esta quarta-feira, pelo presidente da Câmara Municipal de Paredes de Coura, Vítor Paulo Pereira, à margem da 16ª sessão da Comunidade de Leitores da Rede de Casas do Conhecimento.

O protocolo prevê a colaboração de docentes e investigadores da UMinho neste processo. A primeira reunião entre as partes já aconteceu.

Segundo Vítor Paulo Pereira as reuniões entre a empresa que será responsável pela produção das vacinas e a Escola de Medicina já estão a decorrer há algum tempo, sendo que nos próximos dias responsáveis da empresa em questão irão visitar as instalações da UMinho. Este será, segundo o autarca, o primeiro protocolo celebrado entre a empresa e uma instituição de ensino superior.

De acordo com o jornal Público, a primeira unidade de produção industrial de vacinas vai estar à responsabilidade da Zendal, uma empresa de biotecnologia sediada em O Porriño, na Galiza, uma das três unidades industriais a instalar-se no Parque Empresarial de Formariz, Paredes de Coura, até ao final do ano.

Trata-se de um investimento na ordem dos 15 milhões de euros. Este pólo vai criar, numa primeira fase, 30 postos de trabalho, sendo que “50% [dos cargos] serão [atribuídos a] licenciados”, informa a biotecnológica em comunicado.

Na sequência de parcerias com a gigante norte-americana Novavax, a Coligação para a Inovação na Preparação para Epidemias (CEPI) e a Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), a Zendal está a dar os primeiros passos no sentido de criar uma nova vacina para a Europa.

Os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), apontam que 80% das vacinas são produzidas por apenas cinco laboratórios.