ºC, Braga
Braga

Max º Min º

Guimarães

Max º Min º

Urminho
Elsa Moura

Regional 18.01.2021 13H31

União de Restaurantes do Minho apela ao boicote nas presidenciais

Escrito por Elsa Moura
Numa carta enviada ao Presidente da República, Primeiro Ministro e autarcas locais, Urminho lança mensagem a empresários e funcionários do setor: “É para confinar, não é para votar”.

"Descontentes" e "indignados", os prorprietários de restaurantes que integram o movimento Urminho apelam ao boicote nas eleições presidenciais de dia 24 de janeiro.


Numa carta enviada esta segunda-feira ao Presidente da República, ao presidente da AR, ao Primeiro Ministro, ao presidente da Comissão Nacional de Eleições e aos presidentes das câmaras municipais do Minho, este grupo de mais de uma centena de empresários da restauração contesta os acontecimentos de ontem no país, nomeadamente o jantar promovido pelo candidato André Ventura que decorreu num restaurante de Braga e junto 170 pessoas. O movimento alerta ainda para as condições denunciadas por muitos cidadãos, “indignados com a falta de condições para exercerem o seu direito de voto”.


“Torna-se incompreensível enquanto empresários e associados da Urminho não nos deixarem trabalhar, quando são permitidos ajuntamentos e jantares comício em restaurantes que deveriam estar fechados”, lê-se na nota a que a RUM teve acesso.


“Não é justo, não é sério e não é DEMOCRÁTICO, uns estarem inibidos de trabalhar e outros em campanha eleitoral fazendo com que os ajuntamentos, tão falados, aconteçam, denegrindo a imagem do país”, acrescentam.


Reafirmando que estas eleições “não deveriam decorrer neste tempo tão dramático”, alertam para o que possa acontecer no dia 24. Por isso, a associação recentemente criada está a apelar a todos os empresários da restauração e seus colaboradores, em todo o país: “É PARA CONFINAR, NÃO É PARA VOTAR”.


A URMINHO sugere ainda que “esta fase negra da democracia tem de ser demonstrada com faixas pretas bem visíveis à porta dos respetivos estabelecimentos”.

A mesma associação reivindica “um pronto esclarecimento” relativamente aos acontecimentos deste domingo.


“É incompreensível o nosso setor estar encerrado quando não há um único estudo que prove que a restauração é responsável pelo aumento dos números de casos. Aliás, indo mais longe, nos picos do contágio, os restaurantes estavam fortemente limitados no exercício da sua actividade, dando enfase ao Natal e ao Ano Novo. Não queiram, daqui a três semanas lamentar à semelhança do natal, pelo facto de se poder desconfinar e circular livremente, no dia 24, apenas com o pretexto de ir votar. Um país onde a democracia é posta apenas ao dispor de alguns não é um país democrático”, conclui a mesma nota assinada por mais de uma centena de empresários do setor na região. 

Deixa-nos uma mensagem