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Foto: PMM/RUM
Pedro Magalhães

Regional 17.11.2020 07H37

URBAC vai passar a ser associação União de Restaurantes do Minho

Escrito por Pedro Magalhães
O objectivo passa por dar maior representatividade às reivindicações dos restaurantes do Minho junto do Governo e das autarquias.
Porta-voz da Urbac, Tiago Carvalho

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O movimento da União de Restaurantes de Braga de apoio ao Covid-19 (Urbac-19) vai passar a ser uma associação e chamar-se União de Restaurantes do Minho. O movimento, criado no final de Março, tem sido uma das principais vozes do sector da restauração na defesa de reivindicações e pretende, com a alteração de estatutos, ter maior representatividade junto do Governo e das autarquias.


A aprovação para transformar o movimento em associação, que será criada em breve quando estiverem definidos os órgãos sociais e os estatutos, aconteceu esta segunda-feira, dia 16, no Altice FORUM Braga, num encontro que juntou mais de uma centena de empresários de concelhos como Braga, Guimarães, Famalicão, Vila Verde ou Amares. 



Nova associação quer associar cartão quadrilátero aos restaurantes

Além da aprovação para a criação da associação, o encontro entre os empresários discutiu um conjunto de sete novas medidas de apoio a apresentar ao Governo e de oito à autarquia de Braga - que serão depois reajustadas consoante os concelhos dos respectivos estabelecimentos da associação. À autarquia, revela o porta-voz da futura União de Restaurantes do Minho, Tiago Carvalho, será proposto o associar dos restaurantes ao cartão quadrilátero, através de pacotes de desconto conjuntos entre espectáculos culturais e restauração.


Ao nível local, a União de Restaurantes do Minho defende ainda a elaboração de um estudo, entre a associação, a autarquia e a Universidade do Minho, que demonstre o impacto económico da restauração no concelho que, segundo Tiago Carvalho, "é capaz de ser tão importante quanto a Bosch".


Além da realização do estudo, a associação propõe a criação de um grupo de trabalho local, com elementos da Câmara e da Protecção Civil, para os próximos dois anos que "aproveite o espaço público com a criação de esplanadas novas" e com "limites de horário de circulação e de velocidade de veículos em algumas ruas da cidade". Para maior folga na tesouraria são ainda propostas a abertura de linhas de fundo perdido e a redução de 50% nas tarifas de lixo e de consumos na factura da Agere nos próximos dois anos.



Restaurantes pedem isenção da TSU e suspensão do pagamento do IVA

Ao Governo, são exigidas, entre outras, a suspensão do pagamento do IVA do 3º trimestre e a isenção da TSU até ao final deste ano e em 2021 e a sua redução de 50% em 2022. São medidas que, de acordo com Tiago Carvalho, "mantêm a máquina a hibernar até 2022", funcionando, daqui a dois anos, como "incentivo para novas contratações" em virtude dos despedimentos que já se verificam no sector.


"Já se perderam mais 40 mil postos e é um número que poderá triplicar nos próximos meses", alerta, revelando, sem quantificar, que em Braga "já houve alguns despedimentos e ausência de contratações" na sequência do fim do "trabalho esporádico de estudantes ao fim-de-semana" em restaurantes da região.



Desde meados de Outubro até agora, sector sofreu quebras até 90%

Tiago Carvalho desvenda ainda que, desde meados de Outubro até agora, o sector em Braga já sofreu quebras na facturação entre 80 a 90%.


As novas medidas de restrição à circulação impostas pelo Governo deixam os restaurantes, sobretudo ao fim-de-semana, reduzidos à oferta de take away, modalidade que Tiago Carvalho revelou ter tido um impacto "residual nestas últimas semanas", apontando os estabelecimentos de comida tradicional como os mais afectados.

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