A associação Virar a Página (VAP), projeto solidário que surgiu para dar resposta à pandemia, em Braga, ainda não recebeu as verbas prometidas pelo Município de Braga para a aquisição da nova sede. O espaço está sediado nas antigas instalações do restaurante Luz Natural, em Santa Tecla. A verba em falta terá sido, entretanto, emprestada por um benfeitor. Em declarações à RUM, a responsável pelo projeto social, Helena Pina Vaz, assegura que está “otimista” com a “promessa" da autarquia já que, ao que tudo indica, a demora no pagamento prende-se com a burocracia exigida.

Depois da aquisição do novo espaço, o foco do projeto, que assegura perto de três centenas de refeições diárias, passa pela melhoria dos equipamentos para uma maior facilidade no trabalho diário. Nesse sentido, o VAP já avançou com uma candidatura ao Orçamento Participativo do Município de Braga. A proposta pretende arrecadar verbas que possam cobrir, diferentes despesas relacionadas com as instalações e o salário do funcionário.

À RUM, Helena Pina Vaz volta a alertar para a importância das equipas de voluntários na gestão diária das refeições. A constante desistência traz desafios à instituição que não quer falhar com as famílias que acompanha diariamente e cujo número continua a aumentar. As tarefas podem incluir “ajuda na cozinha, embalamento de refeições ou recolha de donativos” e a instituição está de portas abertas para receber todos os que queiram colaborar.

Entretanto, para assinalar o Dia dos Namorados, o Virar a Página lançou uma campanha solidária que consiste na venda de aventais. Cada peça custa 10 euros e “ajuda a encher quatro pratos de comida”. A iniciativa, que já aconteceu no natal, deverá ser alargada a todas as datas festivas como o “dia do pai ou o dia da mãe”, exemplifica a responsável. 

*Escrito por Tiago Picas