André Bonifácio Andrade fez da Universidade do Minho a sua casa de acolhimento em Braga. Estudou Engenharia Informática e Gestão, mas a vida levou-o a outros palcos…porque, afinal, “estes anos são passagem”.

Inspirado pela letra do Hino da academia que o viu crescer profissionalmente, André dedicou-se à arte do bartending e brilhou nos bares de Paris, Dubai e Ibiza.

É atrás de um bar, entre as misturas certas, que vai chamando a atenção. E desenganem-se os que acham que não é preciso empenho, estudo e muita dedicação.

“Quando saí da Universidade, senti necessidade de fazer algo que me apaixonasse mesmo e sempre achei que deveríamos seguir a nossa paixão”, começou por contar o antigo estudante.

“De forma séria e comprometida”, o jovem apostou em formações na área, que o foram levando “a diferentes patamares”.

Apostado em fazer algo que o deixava “feliz”, o antigo estudante da UMinho acaba por chegar a Ibiza, como “consequência” do seu “empenho”.

“Tudo se foi construindo pouco a pouco” e agora é Assistant Bar Manager e responsável por uma equipa de bar, composta por cerca de 40 pessoas.

A trabalhar num beach club que “gera centenas de milhares de euros por dia”, André Bonifácio Andrade assume uma “responsabilidade acrescida”. O curso de Gestão vai, assim, dando jeito por estes dias em Ibiza. “Há conceitos, quer a nível de recursos humanos ou físicos, que nos suportam. A teoria informa, a prática evolui”, sublinhou.

O alumni integrou também a direcção da Associação Académica da UMinho, que descreve como tendo sido “um período fantástico”.

“Alguns dos melhores anos da minha vida foram passados na Universidade do Minho”

“São actividades extracurriculares que trazem algo de muito positivo”, apontou André.

O alumni destaca as “muitas actividades organizadas, que dão know how e permitem que no mercado de trabalho, seja qual for a área, o nosso desempenho seja muito melhor”.

“Alguns dos melhores anos da minha vida foram passados na Universidade do Minho”, garantiu. André Bonifácio Andrade deixa ainda a certeza em jeito de conselho de que “tudo o que fazemos tem um significado ainda que não seja visível no momento”.

O antigo estudante da UMinho deixou Braga rumo a Paris, onde ainda hoje mantém contactos profissionais. Mudou-se para Ibiza, viajou para o Dubai e regressou à ilha espanhola.

O Dubai, diz, “é uma cidade sem alma”. “Vemos edifícios fantásticos, coisas extravagantes, mas não tem alma, feeling, nem identidade própria, sente-se que as pessoas são mais fechadas”, acrescentou. Já em Ibiza elogia “a energia, as pessoas, o tempo, o ambiente e o nível de bem-estar”.

Partiu para Paris sem saber falar francês, mas tenta sempre adaptar-se ao idioma local. “Falo o máximo de espanhol também e é uma vantagem para o curriculum”, acrescentou.

Regressa a casa “duas vezes por ano”, mas, normalmente, fica por jornadas maiores, “três ou quatro meses”.

André reconhece a “qualidade tremenda” que existe na área em Portugal, mas, economicamente, diz, “não temos força para competir com ofertas do estrangeiro”.

“Autodesenvolvimento, comprometimento, profissionalismo, dedicação, sacrifício e capacidade de correr riscos” são os conselhos deixados pelo alumni aos colegas que como ele queiram tentar a sorte fora do país.

“Quando saímos da zona de conforto esta alarga e o nosso horizonte alarga também”, afirmou.

Um regresso ao país não está fora de hipótese, mas “é pouco provável a curto prazo”, ainda que André Bonifácio Andrade planeie “investir em Portugal”.