Regional 30.12.2024 18H52
3.ª edição do ‘Viva o Bairro’ apoia 12 projetos de intervenção local no valor de 200 mil euros
Com este programa, o município pretende dar resposta às necessidades identificadas pelas comunidades, em função dos seus contextos.
A 3.ª edição do Programa “Viva o Bairro”, da BragaHabit, vai apoiar 12 projetos de melhoria e/ou requalificação propostos por associações de moradores e outras entidades com intervenção local, num valor global de 200 mil euros.
Este ano, a BragaHabit ajudou 2416 famílias. A informação foi avançada pelo administrador da empresa municipal, Carlos Videira, esta segunda-feira, na cerimónia de assinatura dos protocolos com as associações.
"Neste mandato, a BragaHabit procurou abarcar as três grandes dimensões que, no nosso entender, a problemática da habitação tem e a principal é o o acesso a uma habitação condigna. Uma segunda dimensão é claramente a questão das condições habitacionais, que cada vez mais são um problema. E a terceira é a dimensão do Habitat, que está prevista na Lei de Bases da Habitação", refere Carlos Videira.
O presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, destaca a relevância do trabalho da empresa municipal e o impacto da empresa municipal na vida da comunidade. "Os dados que aqui foram apresentados são muito relevantes no contributo para mudar a vida de muitas pessoas e de criar melhores condições de acesso à habitação", reitera.
A primeira reunião com associações de moradores, que decorreu em fevereiro de 2022, contou com a presença de oito grupos. Atualmente, o programa 'Viva o Bairro' já soma 15 associações. "A BragaHabit e o município de Braga dão os recursos, não só financeiros, para as entidades que estão no território, sejam elas associações de moradores ou de outra natureza mas com atividade em determinados zonas. É uma resposta muito mais eficaz do que aquela que poderia ser dada centralmente se fosse pela BragaHabit ou pelo município", acrescenta Carlos Videira.
Ricardo Rio salienta a importância das associações de moradores enquanto interlocutores diretos com as comunidades. "No município, vimos sempre com bons olhos, e tivemos até uma atitude proativa de estimular, a criação de novas associações de moradores", diz.
"Estas associações de moradores não são concorrentes com o trabalho que uma autarquia tem que fazer. Pelo contrário, há mérito nestas associações de moradores, que nos ajudam como interlocutor direto com determinadas comunidades, que nos alertam para problemas mais diretos que dizem respeito às suas vivências diárias", conclui.
Os protocolos foram assinados, entre outras, com a Associação de Moradores da Praceta Diamantino Martins, a
Associação de Moradores do Fujacal e Conselheiro Lobato, a Associação Juvenil 'A Bogalha' e Associação de Moradores do Bairro das Andorinhas.
Nesta cerimónia foi ainda assinado o protocolo com o vencedor da 2.ª edição do Programa De Inovação Social Aberta (ISA) de Braga, no caso o projeto 'Nómada', da responsabilidade da Cruz Vermelha de Braga, que vai receber um apoio no valor de 35 mil euros.
Nas duas últimas edições, o 'Viva o Bairro' apoiou 20 projetos locais
Um dos projetos é da responsabilidade da Associação de Moradores de Montélios e S. Frutuoso, que vai aplicar o apoio de 20 mil euros na pintura de todo o loteamento com arte urbana e na dinamização, aos domingos de manhã, de caminhadas e sessões de zumba, ioga e pilates, além de visitas culturais a vários pontos de interesse de Braga.
“Pretendemos dar a conhecer Braga, sobretudo aos muitos que cá moram e são oriundos de outros países”, conta o presidente da associação, Adolfo Reis.
A delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa vai desenvolver um projeto - o 'Tecl@rt' - com aulas de dança oriental, boxe e guitarra destinadas sobretudo a crianças da comunidade cigana do bairro de Santa Tecla, mas também abertas aos moradores das freguesias vizinhas, com um custo mais reduzido e simbólico.