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Catarina Martins

Regional 30.03.2023 19H32

"A ideia de que o país se pode desenvolver com baixos salários é completamente errada"

Escrito por Catarina Martins
A premissa é defendida pelo secretário-geral do PCP que esteve, esta quinta-feira, a auscultar os trabalhadores do Complexo Grundig, em Braga.
Declarações do secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo.

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O secretário-geral do PCP esteve, esta quinta-feira, a auscultar os trabalhadores do Complexo Grundig, em Braga, no âmbito da ação nacional do partido comunista ‘Mais Força aos Trabalhadores’, onde defendeu o "aumento dos salários" e condenou o "desrespeito pelos trabalhadores".


Em declarações aos jornalistas, Paulo Raimundo diz ter encontrado "muita vontade de trabalhar e produzir, mas simultaneamente um desrespeito profundo". "São estes trabalhadores que põem o país a funcionar, as empresas a funcionar e a economia a funcionar. Nada daquilo que podemos fazer todos os dias seria possível sem o trabalho desta gente. Estas pessoas não são números, têm vidas e contas para pagar", sublinha, reiterando que "precisam de respeito, dignidade e melhores salários". 


Paulo Raimundo auscultou os funcionários da Aptiv, empresa localizada no Complexo Grundig, que denunciaram as condições precárias que permanecem sem resolução, nomeadamente no que toca "à passagem dos trabalhadores com contratos precários a efetivos". "A ideia de que o país se pode desenvolver com baixos salários ou com a maioria dos trabalhadores a serem tratados como números é completamente errada", frisa.


Relativamente ao documento final do programa Mais Habitação aprovado, esta quinta-feira, o secretário-geral do PCP diz que "não resolve os problemas no presente".


"É uma lei com um conjunto de intenções que projeta para o futuro uma outra ideia, uma outra solução, mas que no imediato a única coisa que faz é desmobilizar mais benefícios fiscais e dinheiros do Estado, passando completamente ao lado da causa do problema da habitação: os fundos imobiliários e os lucros da banca", afirma.

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