Academia 10.01.2019 10H34
AAUM quer terreno junto ao antigo Hospital Psiquiátrico
Oferta da Universidade do Minho não caiu, mas Nuno Reis avisa que a melhor solução é um terreno que está na posse do Estado e votado há muitos anos ao abandono.
2019 é o ano em que tudo pode ficar decidido. Pelo menos essa é a aposta de Nuno Reis, recentemente empossado para um segundo mandato à frente da Direcção da Associação Académica da Universidade do Minho.
A nova sede é reclamada há vinte anos e há muito que a estrutura começou a poupar para esse investimento, mas de direcção em direcção, o assunto não tem conhecido avanços. Agora, o estudante de Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial diz que as condições da actual sede, na rua D. Pedro V, não permitem que o assunto continue a 'cair em saco roto'.
Em entrevista à RUM, Nuno Reis vinca que o terreno junto ao antigo Hospital Psiquiátrico "é o melhor" entre todos os espaços alguma vez referidos para a construção da nova sede.
No último ano, o reitor da Universidade do Minho manifestou total disponibilidade em ceder um terreno no interior do campus, junto ao edifício dos Serviços de Acção Social mas, ainda que a estrutura estudantil tenha ponderado essa possibilidade, há serviços que a AAUM não quer deixar de disponibilizar aos alunos, como é o caso do Bar Académico.
Nuno Reis lembra que o terreno junto ao antigo Hospital Psiquiátrico é, por isso, o espaço "ideal", permitindo uma construção de raíz e "com identidade AAUM", continuando a "manter a independência nos serviços que já disponibiliza".
Sobre o terreno ambicionado, o presidente da AAUM realça que está "inutilizado, inabitado, onde a própria Câmara Municipal não pode sequer colocar iluminação", tratando-se de uma zona que precisa de "uma nova vida" , muito devido aos "constantes assaltos" que ali se registam. Parte do terreno, classificado como zona agrícola, é há muitos anos utilizado como parque de estacionamento clandestino e como acesso. "Se aquele espaço fosse entregue à Universidade do Minho para fins de construção de uma sede da associação académica, tenho a certeza que Braga e a Universidade do Minho saíam a ganhar", realçou o estudante.
A decisão da direcção da AAUM poderia ser facilitada com a oferta de um terreno no interior da Universidade do Minho, mas Nuno Reis assume que o assunto merecia uma reflexão profunda e alargada. "Obviamente que não há nada mais próximo dos estudantes do que estar dentro do campus, no entanto, tem outros condicionalismos que não tem estando estando fora do campus", diz, referindo-se a serviços que "são difíceis de conciliar com a vivência dentro do campus".