Os atrasos de reembolsos da FCT e de outras agências de financiamento à Universidade do Minho já perfazem uma dívida de dez milhões de euros. O anúncio foi feito na tarde desta terça-feira pelo reitor da Instituição durante a cerimónia de aniversário da Escola de Psicologia, no campus de Gualtar.

Segundo Rui Vieira de Castro, à UMinho estão a chegar centenas de investigadores que significam um investimento por mês na ordem dos 300 mil euros, mas até agora, a FCT e outras agências responsáveis ainda não reembolsaram a instituição minhota.

"10 milhões de euros é neste momento o valor dos pedidos de reembolso que a Universidade do Minho fez a várias agências financiadoras, não só à FCT, embora a FCT tenha aqui um peso preponderante, e que não foram ainda satisfeitos", denunciou o reitor.

Tratam-se de dinheiros já executados pela Universidade do Minho que agora devem ser reembolsados pelas entidades financiadoras e que ainda não foram. Rui Vieira de Castro admite que se trata de um atraso "pouco razoável".

Os custos referem-se à integração dos novos investigadores que têm chegado à UMinho no âmbito da norma transitória, dos projectos e dos concursos nacionais de estímulo ao emprego científico. Rui Vieira de Castro lamenta que a situação se arraste há tantos meses. "Esperamos que algo aconteça porque se assim não for estaremos perante uma quebra de compromisso que eu não quero imaginar", referiu.

*Com Elsa Moura