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Marta Lobo de Araújo é a primeira mulher a dirigir a Revista Bracara Augusta (FOTO: RUM)
Elsa Moura

Cultura 02.07.2025 18H22

Revista Bracara Augusta surge "totalmente diferente" e com versão digital

Escrito por Elsa Moura
Lançamento está marcado para 14 de julho. Pela primeira vez, a Revista Bracara Augusta, a assinalar 75 anos, é dirigida por uma mulher, Marta Lobo de Araújo, Professora Associada com Agregação no Departamento de História do ICS da UMinho.
Marta Lobo Araújo, nova diretora da Revista Bracara Augusta em entrevista ao Campus Verbal

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A Revista Bracara Augusta assinala 75 anos com uma nova roupagem e pela primeira vez sob a direção de uma mulher. O trabalho começou em setembro de 2024, dirigido por Marta Lobo de Araújo, Professora Associada com Agregação no Departamento de História do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho. A partir de agora, além de uma imagem moderna, alinhada com outras revistas da área, a Bracara Augusta passará a ter também uma versão digital.


Outra das novidades é a entrada de trabalhos em castelhano, francês e inglês. 


Ao longo da sua história, mais de 500 autores portugueses publicaram 1352 títulos. Para a edição especial destes 75 anos, o trabalho começou em setembro de 2024 e culmina no próximo dia 14 de julho com a apresentação e lançamento da revista.


No Campus Verbal, a nova diretora da revista, Marta Lobo de Araújo, confindenciou que a nova revista "vai ser uma surpresa, um encher de olho e simultaneamente um convite à leitura dos artigos". Notando que se trata de uma revista "totalmente diferente" das versões que conhecemos até à atualidade, a responsável sustenta que se trata de uma edição "muito apelativa em termos visuais".


Marta Lobo de Araújo assume ainda que a Revista Bracara Augusta "estava num momento menos bom" e era pouco procurada. Por isso, estes 75 anos representam também "algo substancialmente novo, que seguisse a exigência e o rigor das publicações da atualidade, mas que simultaneamente não perdesse a matriz que a revista tinha". Uma revista que se abre a mais públicos sem desvirtuar o capital simbólico da revista. Estima por isso que possa ser procurada por um público "menos preparado para as questões da ciência e da cultura, mas interessado na história, na cultura, na arqueologia e no património da sua cidade e da sua região".


A diretora da Revista Bracara Augustaconsidera também que a cidade de Braga enquanto cidade "arqueológica que convive com uma cidade moderna e contemporânea apresenta muito material para ser trabalhado, para ser escrito e para ser lido" em próximas edições.


Outra das novidades está, de forma evidente, a direção no feminino que é também um "passo importante". "Acusa por um lado o peso da responsabilidade que é herdar um legado com 75 anos, mas simultaneamente um desafio enorme de alguém que procura nesta área fazer com que a Bracara Augusta dê um passo em frente. O facto de terem convidado uma mulher pela primeira vez também me dá algum prazer, no sentido de perceber que a Câmara Municipal de Braga está em linha com aquilo que os nossos tempos reclamam naquilo que diz respeito ao lugar que a mulher ocupa na sociedade", analisa.


Em 2025, a Revista Bracara Augusta estará nas livrarias de Braga, na internet, mas também noutros pontos de venda do país, locais ainda a divulgar pelo município de Braga.


Além do conteúdo diferente, a imagem gráfica foi modernizada. A revista Bracara Augusta contará também com uma linha muito jovem de investigadores e historiadores. Entretanto, todos os volumes ficarão disponíveis no digital.


A entrevista completa pode ser escutada em podcast


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