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AND-RÉ architecture
Elsa Moura

Academia 12.08.2025 14H28

Arrancaram os trabalhos na futura Escola de Engenharia Aeroespacial da UMinho  

Escrito por Elsa Moura
Fábrica do Arquinho alvo de trabalhos preparatórios num investimento superior a 15ME.

Em Guimarães, arrancaram os trabalhos preparatórios para a obra de requalificação da Fábrica do Arquinho, futura casa da Escola de Engenharia Aeroespacial da Universidade do Minho, que ficará instalada na freguesia de Urgezes. A novidade foi adiantada em comunicado pelo município vimaranense, esta terça-feira. O investimento total da obra é de quase 15Milhões de Euros, metade dos quais financiado pelo NORTE 2030.


De acordo com o estipulado, a empreitada contempla a preservação e valorização do património industrial existente, adaptando-o a novas funções de ensino e investigação, com especial enfoque na eficiência energética, sustentabilidade e criação de condições modernas para acolher atividades académicas e científicas.


Os edifícios contarão com salas de aula, laboratórios, áreas de investigação e espaços de apoio, num conjunto arquitetónico que "combina reabilitação e construção contemporânea, garantindo a integração com a envolvente urbana e paisagística".


Em abril deste ano, o presidente da Universidade Internacional do Espaço (ISU) admitiu também a possibilidade de criar um polo em Portugal, revelando uma reunião com o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, e o presidente da Escola de Engenharia, Pedro Arezes.

Naquela ocasião, Adelina Paula Pinto assumia igualmente que seria uma "excelente notícia" para Guimarães e para a própria instituição de ensino superior minhota. "Vemos com muito agrado este caminho que a universidade fez, que estão a sair os primeiros licenciados e ter já este impacto universitário. Os alinhamentos estão todos feitos para termos aqui condições físicas e uma cidade verdadeiramente universitária e termos estas condições de parcerias feitas em múltiplos setores e que podem ajudar", atestava, antecipando que a engenharia espacial "levará Guimarães a outros mundos".


A Fábrica do Arquinho, na freguesia de Urgezes, começa a ser revitalizada para a Universidade do Minho e é mais um equipamento que o município vimaranense disponibiliza à instituição de ensino superior, não só para instalar a a Escola Aeroespacial mas também a Fibrenamics. "Fomos mostrando ao longo destes anos todos que fomos sendo capazes de reiventar espaços para atribuir às universidades", acrescentou a vereadora, nomeando exemplos como o Teatro Jordão (Artes Visuais, Escola de Teatro e Música), mas também a Quinta do Costeado, que está a ser intervencionada para dar lugar à Escola de Hotelaria e Turismo. 


A história da Fábrica do Arquinho até à compra da CMG em 2020


Inaugurada em 1913, foi uma das fábricas têxteis mais importantes do concelho de Guimarães e local de trabalho de centenas de vimaranenses até ao seu encerramento, no século XX.


Os fundadores foram dois irmãos, António José Pereira de Lima e Manuel José Pereira de Lima. Segundo informação disponibilizada, a fábrica sobreviveu ao envolvimento de Portugal na Primeira Guerra Mundial, passou por muitas expansões e modificações ao longo dos seus mais de 70 anos de existência ativa. No ano de 1991 foi declarada falência e desde então ficou ao abandono.

Após várias movimentações cívicas em defesa daquele património, foi adquirida em 2020 pelo município de Guimarães.

Os trabalhos de reconstrução, restauração e reabilitação arrancaram neste mês de agosto e 2027 é a data apontada para a sua conclusão.

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