Academia 18.06.2024 17H22
Assunção Flores premiada pelo Conselho Internacional de Educação para o Ensino
A docente da Universidade do Minho é a primeira portuguesa a receber este prémio.
Assunção Flores, professora do Instituto de Educação (IE) da Universidade do Minho (UMinho), foi distinguida, esta segunda-feira, com o Prémio Darrell Bloom do Conselho Internacional de Educação para o Ensino (ICET), pelos seus contributos na formação de professores. O prémio foi atribuído por unanimidade.
"É uma honra e um privilégio receber este prémio. Trata-se de reconhecer um trabalho que tem vindo a ser desenvolvido no âmbito dos professores e da formação de docentes a nível nacional, mas também internacional", comenta Assunção Flores em entrevista à RUM. "É bom para mim, para a instituição, para a Universidade do Minho e para o país", acrescenta.
A premiada alerta para a crise da educação em Portugal, mas acredita que "vale a pena ser professor". "A confiança no ensino e o orgulho em ser professor têm de ser revisitados, para que possamos ter professores motivados, comprometidos com a aprendizagem dos alunos e com o seu desenvolvimento e bem-estar", diz.
Maria Assunção Flores nasceu em Vieira do Minho e vive em Braga. Licenciou-se em ensino de português-francês, tirou o mestrado em Educação, ambos pela UMinho, e o doutoramento em Educação pela Universidade de Nottingham, no Reino Unido.
É membro da direção da Rede Europeia de Políticas de Formação de Professores e do Fórum Internacional para o Desenvolvimento dos Formadores de Professores, bem como do Conselho Geral do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) e do Conselho Nacional de Educação (CNE). Tem também sido consultora e avaliadora de projetos de investigação em vários países, como Noruega, Bélgica, Finlândia e Israel.
Na academia minhota, é líder do Centro de Investigação em Estudos da Criança (CIEC), do Conselho do Instituto de Educação e vários projetos financiados.
Tem mais de 300 publicações científicas e soma várias distinções, como o Prémio Investigação do ICET (África do Sul), o Prémio Michael Huberman da Associação Americana de Investigação em Educação (EUA), o Prémio ST2AR da ISATT (Itália) e está no grupo dos 2% de cientistas mais influentes do mundo, segundo a editora Elsevier.