ºC, Braga
Braga

Max º Min º

Guimarães

Max º Min º

DR
Tiago Barquinha

Desporto 28.03.2024 13H03

Atiradora Ana Rita Rodrigues com “boas perspetivas” de apuramento olímpico

Escrito por Tiago Barquinha
A atleta de Vieira do Minho dispõe ainda de três oportunidades.
Ana Rita Rodrigues entrevistada no programa RUM(O) Desportivo.

false / 0:00

Ana Rita Rodrigues acredita que é desta que se vai qualificar para os Jogos Olímpicos. A atleta do Clube de Caça e Pesca de Vieira do Minho, que pratica a modalidade de tiro com armas de caça, na vertente de trap, já esteve perto de garantir o passaporte em edições anteriores.


Depois de se ter posicionado em 23º lugar na Taça do Mundo de Cairo, no Egito, e em 12º, na etapa de Rabat, em Marrocos, este ano, abrem-se “boas perspetivas” para a eventual presença em Paris 2024. Entrevistada no programa RUM(O) Desportivo e apesar de “a qualificação ser muito difícil”, faz um balanço positivo do trabalho desenvolvido no atual ciclo olímpico.


Nesse sentido, mostra-se com “fé” de que o apuramento pode acontecer na próxima oportunidade, numa prova de qualificação, em abril, no Catar. Por já conhecer o recinto, onde esteve no ano passado, tendo saído com “um bom feeling”, a atleta vieirense acredita que pode conseguir uma das duas vagas em disputa. 


Caso não seja possível, a desportista de Vieira do Minho tem ainda duas oportunidades, através do Europeu, em maio, na cidade italiana de Lonato, e através do ranking olímpico. Será atribuído um lugar por cada via. 



"Competição interna cada vez maior” faz pensar em aumento da representação lusa


Em ciclos anteriores, Ana Rita Rodrigues já esteve muito perto do apuramento olímpico, nomeadamente para Rio de Janeiro 2016. No Mundial 2015, em Lonato, ficou a um lugar do objetivo. “Foi realmente caricato. Quem tivesse acesso à final apurava-se diretamente para os Jogos e eu fui ao desempate com a [espanhola] Fátima Gálvez. Ela conseguiu e depois sagrou-se campeã do mundo. Ainda para mais foi a única prova internacional que os meus pais foram ver”, conta.


Apesar da frustração naquele momento, a atleta diz que a deixou “mais preparada e confiante” para que o sonho seja concretizado. “Se os outros conseguem, eu também consigo. Acredito que vai sobrar para mim algum dia”, vinca.


Depois de dois ciclos olímpicos sem atletas lusos, a modalidade esteve representada por João Paulo Azevedo em Tóquio 2020 e, para Paris, Inês Barros já garantiu a qualificação. Ana Rita Rodrigues não descarta a possibilidade de Portugal levar o número máximo de atletas em trap - dois homens e duas mulheres -, a categoria em que o país aposta em termos de olimpíadas.


De acordo com a atiradora minhota, “nunca se trabalhou tanto”. Além do esforço feito ao nível do acompanhamento psicológico e nutricional, “a competição interna é cada vez maior”, o que faz com que, pela primeira vez, Portugal esteja “realmente na luta pelos quatro lugares”.

Deixa-nos uma mensagem