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Vanessa Batista

Academia 05.07.2019 20H31

BOB: o primeiro supercomputador de Portugal está no Minho

Escrito por Vanessa Batista
A Universidade do Minho e a Fundação para a Ciência e a Tecnologia são responsáveis pela operação do MACC - Minho Advanced Computing Centre e do supercomputador. Para 2021 está prevista a chegada de um novo modelo, o Deucalion.
Palavras do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor. Do vice-presidente da FCT, Nuno Rodrigues e do vice-reitor para o Desenvolvimento Institucional, Ricardo Machado.

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O Bob é o primeiro supercomputador de Portugal e está instalado na região do Minho. Esta sexta-feira, no datacenter de Riba d´Ave, teve lugar a apresentação deste supercomputador que faz da região norte o centro da inovação no que toca à computação avançada. Uma dupla inauguração, uma vez que a cerimónia marcou o arranque do MACC - Minho Advanced Computing Centre, que será operado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e a Universidade do Minho. 


O supercomputador foi doado pela Universidade do Texas, em Austin, nos EUA. Com uma capacidade de memória de 266TBytes, 1PByte de capacidade de armazenamento e 1 PFlop de performance de cálculo será responsável pelo aumento em 10 vezes da capacidade nacional de computação. Desta forma vem estimular novas formas de cooperação entre universidades, empresas e a sociedade em geral. 


Em declarações aos jornalistas o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, afirmou que a computação avançada é sinónimo, sobretudo, de emprego uma vez que todas as áreas trabalham com o processamento de dados. 


O ministro não tem dúvidas que o norte é "o melhor sítio para garantir o futuro". Manuel Heitor anunciou que o Governo está a trabalhar para "em 2030 posicionar Portugal como uma das grandes regiões mundiais com supercomputação verde". Recorde-se que o Bob está a ser alimentado por fontes renováveis como energia eólica, fotovoltaica e hidroeléctrica.


Os factores diferenciadores que levaram à instalação de um dos oito supercomputadores que existem no mundo em Riba d´Ave, deve-se ao facto de existirem baixas probabilidade de ocorrem desastres naturais como sismos, assim como por estar fora de corredores aéreos. 


De olhos no futuro, Portugal e o Minho esperam "Deucalion". O novo supercomputador.


A novidade foi anunciada pelo vice-presidente da FCT, Nuno Rodrigues, que adiantou que a Comissão Europeia anunciou no passado dia 12 de Junho a aprovação da instalação no MACC de uma segunda máquina de nível “petascale” no âmbito da iniciativa Europeia “EuroHPC”, capaz de executar, pelo menos, 10 PFlops, ou 10 mil biliões de operações por segundo. O “Deucalion”, deverá começar a ser instalada até ao final de 2020, reforçando, significativamente, o actual BOB e alargando o âmbito de actividades a disponibilizar pelo MACC.


Quanto ao Bob, o vice-pesidente da FCT explica que em termos práticos o supercomputador vai permitir processar dados relacionados com a física e astronomia. " Os satélites geram uma grande quantidade de informação e esta tem de ser procesada para assim extrair valor acrescentado", situação em que o supercomputador é uma grande ajuda. 


Ora no que toca à operação, a Universidade do Minho fica responsável pela formação de técnicos especializados para ajudar as unidades de investigação e as empresas a extrair o valor acrescentado necessário. 



Supercomputador vem pôr um ponto final na limitação de conhecimento.


O vice-reitor para o Desenvolvimento Institucional, Ricardo Machado, afirma que com supercomputador o "conhecimento científico" deixa de estar limitado no que toca ao poder de calculo. Sendo que em comparação com o Bob "as máquinas disponíveis não têm tanta capacidade para produzir resultados". 


O supercomputador está oficialmente em funcionamento. A actividade está inserida no âmbito da Iniciativa Nacional Competências Digitais – INCoDE 2030 que tem como missão reforçar a “Rede Ibérica de Computação Avançada e da iniciativa Europeia “European High performance Computing”.


O vice-reitor frisa que áreas da academia minhota como "matemática, física, biologia, economia e mecânica" vão estar ligadas às equipas de investigação. 



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