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foto: Braga Ciclável             
Elsa Moura

Regional 14.03.2018 19H40

Braga Ciclável ambiciona ter um núcleo na UMinho

Escrito por Elsa Moura
A Associação Braga Ciclável pretende criar um núcleo na Universidade do Minho. A ambição foi confirmada à RUM em entrevista ao programa Campus Verbal.

A Braga Ciclável - Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta pretende criar um núcleo [universitário] na Universidade do Minho. Com "alguns" estudantes da instituição associados, o objectivo da estrutura passa por estar mais presente na academia, à semelhança do que acontece na Universidade de Aveiro.  A ideia foi transmitida por Mário Meireles, porta-voz da Braga Ciclável, em entrevista ao programa Campus Verbal, na RUM. 


Segundo o mesmo, a ideia passa por prealizar diferentes actividades, entre elas "ciclo-oficinas e encontros" que visam a promoção do uso da bicicleta na universidade. "Gostávamos de ter alguém mais presente na universidade, até porque a população é a mais indicada para aderir a este tipo de utilização", confessou aquele responsável.


Quantas pessoas utilizam com regularidade a bicicleta em Braga?


Estima-se que em Braga aproximadamente 700 pessoas utilizem a bicicleta com regularidade (0,4%) da população. O objectivo da autarquia é que 10% da população utilize a bicicleta em 2025. Uma ambição aplaudida pela Braga Ciclável, mas "é preciso trabalhar já" para tornar esse objectivo real. "Não é uma meta demasiado ambiciosa, acho é que é preciso fazer mais trabalho do que aquele que está a ser feito. 2025 está já aí", alertou Mário Meireles.


A insegurança, a falta de bicicletários e uma verdadeira educação rodoviária são alguns dos entraves ao uso da bicicleta na cidade. 


Braga Ciclável quer tornar zona pedonal do centro histórico em zona de coexistência


A definição da zona pedonal do centro histórico de Braga como uma zona de coexistência é uma das medidas sugeridas. Mário Meireles disse à RUM que a sugestão tem sido reiterada pela Braga Ciclável há vários anos. "Uma definição desta zona como zona de coexistência é algo que a Braga Ciclável tem vindo a pedir. Claro que tem que haver alguma sensibilização", admitiu o porta-voz.


Em entrevista ao programa Campus Verbal, Mário Meireles disse ainda que Braga tem condições naturais para ser uma cidade ciclável. "Em Braga temos mais de 200 dias de sol por ano, temos um clima ameno, o nosso relevo na zona densa e onde a cidade se concentra também permite utilizar a bicicleta como meio de transporte".


O problema está na necessidade de transformação da infra-estrutura que existe. "Termos uma rede viária com velocidades que vão de 90 a 120 ou 170 km por hora, como é por exemplo a Rodovia ou a Av. Padre Júlio Fragata, não se coaduna com o uso da bicicleta", defendeu. Para a segurança dos ciclistas, Mário Meireles aponta também para a sobrelevação das passadeiras "de forma a que o carro possa passar por lá a 30km por hora, convivendo pacificamente com uma bicicleta". Além disso, "ainda há falta de estacionamento para bicicletas" em Braga, na opinião da Associação. Mário Meireles lembrou que pela cidade "ainda se vêem muitas bicicletas presas a postes, a árvores, ou então simplesmente seguras a si próprias, sujeitas a serem levadas".


A Associação Braga Ciclável reconhece a importância da transformação da Rua D. Pedro V, ao contrário da obra na Rua Nova de Santa Cruz. "Há muitos erros técnicos. Uma segregação total da bicicleta numa rua com aquela dimensão não faz sentido, pode ser perigoso. Durante o dia encontram-se carros estacionados ou em cima da ciclovia ou em cima do passeio, do lado da ciclovia e do outro lado igual", avaliou Mário Meireles. "A nível de segurança para quem circula de bicicleta há situações assustadoras", vincou.


A entrevista pode ser ouvida na integra aqui


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