A associação Braga Ciclável reuniu-se, nas últimas semanas, com vários partidos políticos e com a GNR e PSP. A associação, conhecida por promover o uso de bicicleta na cidade minhota, sentou-se à mesa com os vários organismos responsáveis com o intuito de apresentar propostas para pôr termo aos atropelamentos.

Em 2018, ocorreram 120 atropelamentos em Braga. O objectivo da Braga Ciclável é fazer com que o flagelo termine e, para isso, lançou o movimento cívico #BragaZeroAtropelamentos.

O balanço das reuniões, revela o presidente da associação Mário Meireles, é positivo. Com as forças de segurança, os encontros serviram “para perceber quais os pontos negros” onde os atropelamentos ocorrem. “Neste momento, estamos a recolher informação para processar, identificar e mapear os pontos onde são recorrentes [os atropelamentos]: as avenidas que compõem a rodovia, a rotunda das piscinas, o cruzamento com a Avenida da Liberdade, ou até mesmo a Avenida da Cidade do Porto.”

Com a GNR e a PSP foi também discutida a hipótese de se realizarem mais acções de sensibilização, havendo “abertura, quer das forças policiais, quer da Braga Ciclável, para efectuar algumas dessas acções”.

A associação reuniu-se também com o PS, Bloco de Esquerda, CDU, CDS-PP e PAN. Apenas o PAN não tem representatividade na reunião de câmara e na assembleia municipal, os dois órgãos autárquicos em Braga.

Com as forças políticas com voz na cidade foi debatida a possibilidade de algumas das soluções apresentadas pela Braga Ciclável serem discutidas publicamente. “Todos os partidos com que nos reunimos mostraram abertura para levar os temas a discussão pública. Há vontade de avançar para medidas concretas, de rua, e de levar o tema a discussão quer em assembleias quer em comissões de especialização quer mesmo em reuniões de executivo”.

As melhorias, informa Mário Meireles, passam pela implementação de “reduções de velocidade e a estreitamento de vias que consequentemente levem a uma acalmia de tráfego”. A acalmia de tráfego, diz, faz com que haja “uma redução efectiva dos atropelamentos”.

Dos partidos e forças de segurança contactados pela Braga Ciclável, apenas o PSD e a Polícia Municipal ainda não responderam à solicitação mas Mário Meireles acredita que ainda se vai sentar à mesa com os referidos órgãos. “Não houve recusa, apenas não houve resposta. Estamos a aguardar mas certamente teremos resposta do PSD e da Polícia Municipal, porque são parte interessada neste tema”, considera.