Braga está na fase final do processo de seleção para ser Capital Europeia da Democracia. Na corrida encontram-se ainda Barcelona e Bruxelas, sendo que a cidade escolhida será divulgada em janeiro de 2023 e vai ostentar o título até ao ano seguinte.

Depois da visita às cidades candidatas, de 22, incluindo Cascais e Valongo, o júri selecionou três para a fase final. “Os programas apresentados pelas cidades de Barcelona, Braga e Bruxelas convenceram o Júri de Especialistas pela sua abordagem multifacetada à democracia, com projetos inovadores da sociedade civil e capacidade comprovada de colaborar e inspirar ações além-fronteiras”, lê-se na nota publica pelos jurados.

A presidente do júri, Antonella Valmorbida, destacou “os projetos incríveis nos níveis político, administrativo e da sociedade civil”, que encontrou nas três cidades, onde reconhece “esforço para incluir os cidadãos”. A vencedora vai beneficiar de “uma reputação internacional reforçada, como centro de educação e inovação, oportunidade de acolher eventos internacionais e reuniões dos principais políticos europeus”.

Contactado pela RUM, o presidente da Câmara de Braga fala de um momento "extremamente positivo", já que valoriza algo que tem estado "umbilicalmente ligado àquilo que têm sido a conduta e a estratégia do município". "Passa por promover a participação cidadã, estimular a relação com todos os agentes do território e criar pilares que possam contribuir para o fortalecimento da democracia local", sinaliza.

Olhando para a dimensão das outras cidades candidatas, Ricardo Rio considera que "acaba por reforçar a credibilidade da própria iniciativa", sendo "um fator de prestígio" para Braga. 

O autarca adianta que a interação que houve com estruturas como o Conselho Municipal da Juventude, a Academia Sénior de Braga e o Conselho Municipal do Imigrante, Integração e Interculturalidade tiveram impacto nesta decisão. Além disso, enaltece, "o júri valorizou bastante a dimensão do escrutínio e da prestação de contas perante os cidadãos por parte do poder político".

O processo de seleção das candidaturas foi feito, até agora, por um júri. A decisão final cabe aos cidadãos de países que integram o Conselho da Europa, que se podem registar, até 31 de dezembro, no site da Capital Europeia da Democracia para votar. 

*c/Tiago Barquinha Gonçalves

[Atualizado às 18h15 com a reação de Ricardo Rio]