A Câmara de Barcelos vai adquirir os terrenos para a construção do novo hospital de Barcelos até ao final de março. A informação foi avançada à RUM por Mário Constantino, que quer colocar a primeira pedra até ao final do mandato, em 2025. A nova unidade hospitalar foi acordada entre o Governo e a autarquia barcelense em 2007, mas nunca viu a luz do dia.

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, disse, este domingo, em Barcelos, que o executivo liderado por António Costa está empenhado no avanço deste projeto.

O presidente da Câmara pretende adquirir, por cerca de “quatro milhões de euros”, o terreno de quase 16 hectares, para a construção do Hospital e acessibilidades, “já no primeiro trimestre” deste ano. Constantino espera, depois, que o programa funcional e os projetos de arquitetura estejam concluídos até ao final do ano de 2023, para uma eventual candidatura a fundos comunitários.

“Quero acreditar que se possa iniciar a obra ainda este mandato”, apontou.

No fim de semana, o ministro José Luís Carneiro esteve nas comemorações dos 140 anos dos Bombeiros Voluntários de Barcelos. Na sessão, revelou que “o primeiro-ministro e o ministro da Saúde terão transmitido que estavam na disposição de fazer avançar o novo hospital”. ”Estou mais animado, porque temos mantido algumas conversações regulares com o ministério da Saúde, o da Administração Interna e a Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN)”, desvendou o autarca social democrata.

Neste momento, está a ser elaborado um programa funcional, para definir o número de “valências e amplitude, de camas, serviços e especialidades”. Depois do documento ser “aprovado pela comissão de acompanhamento e pelo ministério da Saúde”, poderão “avançar os projetos de arquitetura”. Mário Constantino espera “novidades em breve”, uma vez que a ARSN esperava ter o programa funcional terminado até ao final de 2022.

O atual hospital encontra-se instalado num edifício cuja propriedade pertence à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, que, segundo os responsáveis políticos, não dispõe de condições apropriadas para a prestação de cuidados de saúde de acordo com os melhores padrões de qualidade e segurança do Serviço Nacional de Saúde. Apesar das "várias beneficiações e ampliações levadas a efeito no edifício, o mesmo não assegura a diferenciação das especialidades e valências, bem como um serviço de saúde eficiente e eficaz para fazer face às necessidades de cuidados hospitalares dos utentes da sua área, oriundos dos concelhos de Barcelos e Esposende", refere a autarquia.