Recordar as funções das "Livrarias Bracarenses" ao longo do último século e meio é o mote do ciclo "Memórias de Braga. Para além da venda de livros, os referidos espaços faziam a diferença, quer a nível cultural como social, numa época marcada pelo regime ditatorial salazarista. Era aqui que muitas vezes os cidadãos podiam dar asas à sua liberdade.

De acordo com Rui Ferreira, presidente da direcção da Braga +, em destaque vão estar espaços como as desaparecidas Livraria Cruz, primeira com fins comerciais, Livraria Pax, editora e mais religiosa, Livraria Casa do Globo, Livraria Victor, "espaço de liberdade" uma vez que o seu mentor era contestatário do regime, entre outras. 

Espaços que deixaram marcas em muitos bracarenses, nomeadamente funcionários que nos dias de hoje estão à frente de livrarias de renome na cidade e que continuam de portas abertas. 

O evento contará também com uma pequena exposição. Com a presença dos convidados Augusto Ferreira (Livraria Cruz e Livraria Minho), Fernando Santos (Livraria Cruz), Manuel Bonjardim (Livraria Pax e Livraria Bracara) e Fernando Mendes (Livraria Nova Cultura) será possível debater a nova realidade das livrarias locais com o aparecimento das grandes cadeias.