Regional 10.07.2025 19H29
CIM do Cávado e CCDR-Norte reforçam importância da utilização dos fundos comunitários
O presidente da Comissão avançou que a Comunidade Intermunicipal é uma das que mais concluíram projetos com fundos comunitários.
A CIM do Cavado é uma das comunidades intermunicipais que mais concluíram projetos com fundos comunitários. A informação foi avançada pelo presidente da CCDR-NORTE, António Cunha, ao início da tarde de hoje após reunião com a Comunidade intermunicipal.
O encontro, “dentro de uma lógica de reuniões semestrais”, teve como objetivo analisar os investimentos em curso e perspetivar novas estratégias de valorização do território, “focando em vários aspetos da gestão regional, dando a necessária atenção à questão dos fundos que estão em execução, seja o PRR, seja o Norte 2030”, vincou António Cunha. Temas como planos diretores municipais, lei dos solos, política europeia, estiveram na ordem do dia, além do “foco muito grande na questão da cultura, devido ao Programa Regional de Cultura, e agricultura”, acrescentou.
António Cunha sublinha que durante este encontro este presente o vice-presidente para a agricultura, Paulo Ramalho, que apresentou “desafios e a realidade em temos agrícolas”. Entre 2015 e 2024, foram aprovados 944 projetos, com um investimento global de 104,4 milhões de euros, dos quais 82,8 milhões correspondem a comparticipação pública.
Revela também que, no quadro do Portugal 2030, a Comunidade do Cávado conta com uma grande aposta na área da cultura, destacando o lançamento, no último ano, de mais de 65 milhões de euros para financiamento de projetos de património cultural, artes contemporâneas, museus, bibliotecas digitais e artesanato. Até 2027, estima-se que o investimento total ultrapasse os 80 milhões de euros.
Aponta que no quadro do Portugal 2030, já foram aprovados 404 projetos na região, num investimento total de 324,2 milhões de euros, com uma comparticipação financeira de 181,5 milhões de euros.
Sobre o PRR, sublinha que tem estado com “a Comissão Europeia, além de uma própria reprogramação do Norte 2030”. O responsável aponta que as áreas para a utilização de fundos comunitários têm alterado. “O mundo está a mudar, o mundo mudou, vemos o que está a passar no contexto geopolítico e há, neste momento, orientações da Comissão Europeia seguidas pelos Estados-membros no sentido de haver reafectação de verbas”, refere.
Já Ricardo Rio, presidente da CIM Cávado e da Câmara de Braga, revela alguma apreensão se o prazo para captação de recursos de fundo comunitários não for alargado. Aponta ser “absolutamente fundamental” o prolongamento de prazos, pois projetos “mais estruturantes, reformadores” têm sido abdicados, em benefício de propostas “mais ágeis do ponto de vista da concretização da despesa”.