Transformar o que a experiência do público através do jogo de luz, com uma apresentação física. É assim que o diretor artístico, Bruno Bravo, descreve o espetáculo ‘FILM’ que sobe ao palco da blackbox do gnration, quinta-feira, dia 3 de abril.

Inserida no Ciclo Contrapeso da Companhia de Dança Arte Total, a peça é inspirada na obra homónima de Samuel Beckett. Em palco, Lea Siebrecht desafia os limites entre presença e ausência, ilusão e identidade. Aos microfones da RUM, o encenador Bruno Bravo sublinha que a performance andará muito à volta da personagem enquanto figura observada pelo público e como se “estivesse encurralada em cena e não pudesse sair”, para fazer “aquilo que as pessoas querem ver”. “É uma performance física, de movimento, com música, alguma poesia e subjetividade”, refere.

Neste jogo de luz e sombra, de ser e não ser, adianta o responsável, uma banda sonora feita especialmente para o espetáculo, pelos ‘Mão Morta’, preenche os espaços cénicos, com “repetição, algum ritmo também e com o ambiente um pouco mais sombrio”. 

Assim como no filme, Bruno Bravo sublinha a solidão em palco da intérprete que traz uma carga “do ponto de vista dramatúrgico”. “Estamos a trabalhar para recriar um determinado ambiente de luz e precisamente se calhar, monocromático também inspirado no filme”, finaliza.