Regional 16.09.2020 09H01
CM Braga justifica atraso das obras no JI de Gualtar com intervenção mais profunda
O presidente da Junta de Freguesia pede mais celeridade no processo. A vereadora da Educação garante que o projecto está concluído, faltando o aval da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares para que a empreitada possa arrancar.
O presidente da Junta de Freguesia de Gualtar espera que as obras no jardim de infância arranquem, no máximo, dentro de dois meses. Com o início do ano lectivo previsto para quinta-feira, os prazos para os trabalhos de alargamento do estabelecimento educativo ainda não foram definidos.
95 crianças frequentam o Jardim de Infância de Gualtar, sendo que 20 estão a utilizar uma sala provisória. Numa altura de pandemia, em que é necessário cumprir a regra do distanciamento social, João Vieira alerta para a importância de a empreitada arrancar o quanto antes.
"Da parte da junta de freguesia e dos encarregados de educação, queremos que comece, no máximo, dentro de um, dois meses, até porque depois o prazo de concretização implica mais alguns meses de obra, o que poderá arrastar ainda mais o processo", refere.
Salientando que a Câmara Municipal "tem de fazer todos os esforços para que, num prazo muito curto, seja possível" iniciar os trabalhos, o presidente da Junta de Freguesia lembra que "há relatórios da Direção de Serviços da Região Norte (DSR Norte) que obrigavam que o processo já tivesse avançado".
João Vieira vai mais longe e destaca que "existia um compromisso da vereadora da Educação com a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) para que o novo ano lectivo começasse já com as obras realizadas”. "Esperamos que isto não se arraste durante o ano lectivo. Aguardamos uma data para que as obras possam arrancar", sintetiza.
Lídia Dias e a definição de prazos: "Aprendi que não devo emitir qualquer tipo de previsões nesse sentido"
Contactada pela RUM, a vereadora da Educação adianta que o projecto de arquitectura referente à obra está concluído. No entanto, Lídia Dias refere que, para já, não é possível avançar com qualquer data para o início dos trabalhos.
"Aprendi que não devo emitir qualquer tipo de previsões nesse sentido. Tive uma escola que foi a concurso e ficou com o concurso deserto por duas vezes. Portanto, dizer que vai avançar para a semana ou daqui a dois meses seria um disparate fazê-lo da minha parte”, justifica.
A DSR Norte já deu parecer favorável. Falta agora o aval da DGEstE para a empreitada poder arrancar. Lídia Dias garante que é “do interesse de todos que a obra avance o mais rapidamente possível”. No entanto, explica que não pode "dar prazos" porque estão fora da sua “esfera de decisão”.
Sobre a demora que se tem verificado no processo, a responsável autárquica afirma que se deve à mudança que houve na tipologia da empreitada. A vereadora esclarece que "a intenção inicial era criar apenas uma sala com capacidade para acolher 25 crianças, o limite máximo para os jardim de infância". Contudo, depois de os serviços camarários terem inspeccionado o estabelecimento de ensino, a autarquia optou por uma intervenção "mais alargada".
“Vamos criar um recreio coberto que possa dar resposta não só à nova sala, mas também às outras duas; e haverá uma novo espaço interior com salas de apoio, com os respectivos sanitários. Isto é uma obra maior, daí que não tenha havido condições para que estivesse concluída em Setembro”, argumenta.