ºC, Braga
Braga

Max º Min º

Guimarães

Max º Min º

PSP DE BRAGA
Elsa Moura

Regional 17.04.2025 23H32

CMB clama por reforço policial, mas recusa "leituras perigosas" sobre insegurança

Escrito por Elsa Moura
O homicídio de um jovem bracarense nas imediações do Bar Académico da AAUMinho foi comentado no período antes da ordem de trabalhos da reunião de executivo desta quinta-feira.

O presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio considera que "não se pode fazer uma leitura para lá das próprias circunstâncias" no caso do homicídio de um jovem de 19 anos, nas imediações do Bar Académico de Braga, no passado fim-de-semana, na sequência de uma rixa de grupos que terá envolvido perto de vinte pessoas. O autarca falava no período antes da ordem do dia, na reunião de executivo desta quinta-feira que se realizou na Zet Gallery, na rua do Raio.


O assunto foi levantado pelo PS, na voz do vereador Ricardo Sousa, mas para mobilizar o município de Braga para a ajuda que possa prestar aos grupos culturais da Universidade do Minho (UMinho) que ficaram sem acesso às salas de ensaio e sem um espaço onde guardar os seus instrumentos, depois de a reitoria da Universidade do Minho e da direção da Associação Académica da Universidade do Minho terem acordado o encerramento do BA por tempo indeterminado.


O social democrata considera "muito criticável que se tente escalar para a lógica de crescimento de insegurança", referindo-se a "leituras muito perigosas", que desde então têm sido feitas sobre este caso isolado.


Ricardo Rio esclareceu ainda que o município de Braga tem apelado à PSP para um reforço de meios policiais no terreno, ainda que a resposta esbarre, nomeadamente, em "dificuldades nacionais de contratação o que condiciona a redestribuição de recursos".


Sobre o projeto de videovigilancia que o município submeteu à PSP em 2023, o mesmo continua a aguardar por validação da PSP nacional e do próprio Ministério da Administração Interna. Segundo o autarca, a verba está cativada para esse fim. Em suma, o autarca social democrata, que ainda não tinha falado publicamente sobre o assunto, sublinha que "Braga é no quadro nacional francamente segura e não tem fatores de risco significativos”.


PS sugere ajuda aos grupos culturais lesados na sua atividade

O assunto foi levantado pelo PS, na voz do vereador Ricardo Sousa, mas para mobilizar o município de Braga para a ajuda que possa prestar aos grupos culturais da Universidade do Minho que ficaram sem acesso às salas de ensaio e sem um espaço para guardar os seus instrumentos, depois de reitoria e direção da Associação Académica da Universidade do Minho terem acordado o encerramento do BA por tempo indeterminado.


Ricardo Sousa refere que esta é "uma situação frágil e momentânea que exige uma solução imediata", considerando que a autarquia devia trabalhar numa “solução que seja rápida” já que os grupos precisam de espaço. Nessa medida, Ricardo Rio sublinhou que o município de Braga não foi, até ao momento, contactado pelos grupos culturais para essa questão e reconheceu também limitações da própria autarquia que se encontra com outras coletividades do concelho em lista de espera pelas mesmas razões, sugerindo a possibilidade de entendimento com estruturas fora da esfera municipal que possam ajuda


CDU recusa que homicídio sirva para extrapolar


Por seu turno, o vereador da CDU, Vítor Rodrigues prestou solidariedade com a família da vítima, mas também com a AAUMinho, que por agora "se viu obrigada a prescindir de uma estrutura sua que é importante para o desenvolvimento da sua atividade".


Ainda que também volte a sugerir o reforço da presença policial nestes espaços, porque "não é a primeira vez que uma coisa destas acontece em espaços desta natureza", o comunista lembra que "haverá sempre margem para que algumas situações possam ocorrer".

"Devemos pugnar para que as autoridades competentes tenham condições para fazer o seu trabalho e acompanhar a questão com a devida cautela", acrescentou, mas frisando que a CDU "não acompanha nenhuma transferência de culpa daquilo que é um ato que terá as suas circunstâncias para extrapolar em torno de outros critérios", afirmou.


Recorde-se que o alegado suspeito de assassinar um jovem de 19 anos, estudante do ensino secundário, nas imediações do BA de Braga foi capturado pela PJ na manhã desta quinta-feira em Castelo Branco. Preparava-se para fugir do país. A RUM sabe que na investigação levada a cabo pela Polícia Judiciária, a mesma recorreu a imagens de videovigilância do próprio estabelecimento que funciona em regime de concessão. A AAUMinho reiterou, uma vez mais, a colaboração com as autoridades competentes. Vincou também que a reabertura do Bar Académico está em avaliação, e terá em conta todas as questões exigidas pela própria reitoria da Universidade do Minho, incluindo o acesso único e exclusivo de estudantes da academia minhota e acordadas entre as partes numa reunião realizada na passada terça-feira em conjunto com a PSP.

Deixa-nos uma mensagem