O projeto tendo em vista o rearranjo da Praça do Campo da Vinha, no centro de Braga "está na fase final", mas ainda que o investimento seja do município de Braga, a obra carece de autorização do grupo BragaParques, dono também da praça. A questão foi levantada na última Assembleia Municipal de Braga por Ricardo Rio, que voltou a apontar o dedo aos "métodos" do Partido Socialista (PS) quando estava na gestão do município e que acabaria por permitir que a praça fosse adquirida pelo referido grupo privado.

Ao longo dos anos é evidente o estado de degradação da referida praça, a falta de limpeza e são também várias as denúncias relativas à fraca acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida e outros perigos por quem ali passa a pé. 

Em declarações à RUM, o presidente do município, Ricardo Rio assinala que a divisão do centro histórico "tem estado a trabalhar num projeto de rearranjo urbanístico, tornando a praça mais aprazível, mais fruível e mais segura". Agora, segundo o social democrata, o projeto "está na fase final", mas não contempla a demolição do edifício em vidro, o "mamarracho", por razões "económicas". O autarca informa já teve acesso ao projeto antecipando um trabalho "muito interessante".

A ideia passa por alterar alguns elementos, ordenar e tornar mais segura a praça ainda que para que isso aconteça, a obra terá de ser autorizada pelo grupo Braga Parques, proprietário da praça. "Foi vendida há décadas pela anterior governação socialista,  o que quer dizer que qualquer intervenção que a câmara queira fazer tem que ter sempre a concordância dos proprietários", lamenta. Recentemente, a vereadora Olga Pereira reuniu com os proprietários para "tentar estabelecer um modelo jurídico que a viabilize esta intervenção num futuro próximo", algo que estará assegurado, informou o autarca.