O Município de Braga vai propor à Arquidiocese um contrato de comodato por 50 anos para a gestão da capela de São João da Ponte. Recorde-se que a Câmara Municipal de Braga esteve envolvida numa disputa judicial, desencadeada pela Arquidiocese local, em que a entidade religiosa reivindicava a propriedade de toda a zona envolvente do Parque da Ponte. 

Em maio de 2023, o Supremo Tribunal de Justiça confirmou, de forma "inesperada", de acordo com as declarações do autarca bracarense que o Parque é propriedade do município, caindo por terra a ação e recurso da Arquidiocese, datado de 2021.

Ricardo Rio aproveitou a sessão de apresentação do programa das festividades do São João de Braga, que teve lugar neste equipamento religioso do século XVI, para anunciar que irá propor um contrato de comodato para este equipamento que a câmara garante “não ter vocação para a sua gestão”. A sugestão, adiantou o edil, partiu do presidente da União de freguesias de São José de São Lázaro e São João do Souto, Miguel Pires. 

"Vamos fazer um comodato por 50 anos para durante esse período a gestão autónoma ser feita pela igreja, de um espaço marcadamente religioso", declara Ricardo Rio aos jornalistas. 

A intenção será, entretanto, comunicada ao arcebispo D. José Cordeiro. O assunto terá ainda de ser votado em reunião camarária e em Assembleia Municipal.