Está aberto o concurso público para a submissão de projetos de arquitetura para a Fábrica do Arquinho. Depois de terminado o levantamento topográfico e geométrico do imóvel, no valor de 6.400 mil euros pela empresa Normapa - Levantamentos Topográficos e Arquitetónicos lda, o Município de Guimarães está agora em condições de receber propostas para o espaço que irá acolher os laboratórios de Engenharia Aeroespacial da Universidade do Minho e a Fibrenamics.

A RUM conversou com o presidente da Escola de Engenharia da UMinho, Pedro Arezes, que apontou para 28 de outubro, data da aula inaugural da licenciatura em Engenharia Aeroespacial, para avançar mais informações sobre o projeto. A análise e seleção das propostas caberá à Câmara Municipal de Guimarães.

As obras de requalificação e adaptação da Fábrica do Arquinho serão realizadas com recurso a verbas do Município de Guimarães e da Universidade do Minho. De acordo com o presidente da unidade orgânica serão necessários entre 7,5 a 9 milhões de euros para executar o projeto na totalidade. O executivo municipal está já a preparar uma candidatura para conseguir o apoio de fundos comunitários, acredita-se que através do Portugal 2030, de modo a assegurar o financiamento necessário.

A Fábrica do Arquinho será assim a base da Engenharia Aeroespacial no Minho. Neste momento, a unidade orgânica está, através de vários dos seus projetos de investigação, a tentar arranjar financiamento para financiar alguns dos equipamentos necessários para compor os laboratórios. Está prevista a construção de um "túnel de vento para apoio à área de aerodinâmica", "um laboratório dedicado à construção de satélites" e salas para "integração entre várias áreas" como mecânica ou eletrónica.

O presidente do Município de Guimarães, Domingos Bragança, já referiu a sua vontade de ver esta obra concluída até ao final do mandato, em 2025. Recorde-se que o edil, durante o discurso do 48º aniversário da Universidade do Minho, declarou ter a ambição de duplicar o número de alunos da Escola de Engenharia da UMinho, naquele que considerou um “ousado, mas sábio investimento", no sentido de fazer da cidade berço, cada vez mais, uma cidade universitária.