Os membros do Conselho Geral (CG) da Universidade do Minho aprovaram, por ampla maioria, as contas consolidadas da instituição em 2023 com 18 votos a favor e duas abstenções, numa manhã em que o reitor, Rui Vieira de Castro, sublinhou que a UMinho "está finalmente num patamar que dá confiança e que permite atuar que não apenas na dependência de recebimentos imediatos, correspondentes a dívidas que as entidades financiadoras" tinham com a universidade.

Ainda antes da apresentação mais detalhada daquele relatório da responsabilidade do Administrador da Universidade do Minho, Eduardo Ferreira, o reitor sustentou que a UMinho "tem hoje uma folga essencial para gerir um conjunto vasto de projetos em desenvolvimento na universidade e que requerem uma almofada de tesouraria para fazer face à despesa com que está comprometida".

Disse ainda que a situação "mais confortável da instituição" permite ainda "responder de forma diferente à necessidade de recursos humanos", mesmo que se exijam "critérios transversais para cumprir metas importantes". Rui Vieira de Castro fez saber que esta evolução financeira positiva já se sente na contratação de recursos humanos técnicos, administrativos e de gestão, mas também docentes. 

Resultado líquido da UMinho fixou-se nos 9.15ME no final de 2023

Em 2023, o resultado líquido da Universidade do Minho passou de 3.29 Milhões de Euros para 9.15 Milhões de Euros, enquanto que os Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM) apresentaram "uma evolução muito clara" de um resultado negativo de 89 mil euros para um resultado positivo de 190 mil euros. Os dados foram detalhados na longa reunião desta sexta-feira por parte do administrador, Eduardo Ferreira.

Recorde-se que o Senado Académico já tinha aprovado este mesmo documento por unanimidade. A Universidade do Minho representa no grupo público UMinho 90% do ativo, 92% do total dos rendimentos e 93% dos resultados antes dos impostos.

O ativo aumentou 15Milhões de Euros, "a maioria em depósitos bancários, com entrada de receita de projetos financiados e reembolso de pedidos de pagamento decorrentes do encerramento do Programa Portugal 2020 além da receita abatida aos pagamentos", explica o administrador.

Segundo aquele documento, a UMinho aumentou os gastos em cerca 14.4Milhões de Euros, especialmente justificados com transferências e subsídios concedidos no âmbito da atividade de I&D. Além disso, os gastos com pessoal aumentaram, resultado das contratações, encargos de alterações de posição obrigatórias e aumentos nos subsídios de refeição.

Ensino, investigação e interação com a sociedade são os três ramos de atividade da Universidade do Minho. No ensino, o resultado fixou-se nos 3ME, na investigação nos 6ME e na interação, 900 mil euros, detalhou ainda aquele responsável.

Na generalidade, os conselheiros saudaram os resultados positivos da instituição de ensino superior pública.

Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)

Abordada ainda a questão do PRR, Rui Vieira de Castro admite que se trata de uma "oportunidade" para transformar, estruturalmente, a Universidade do Minho. A instituição, assegura, "está a aproveitar sistematicamente estes programas" para "fazer face a desafios de futuro". Nesta altura, o plano de intervenções no edificado é "muito significativo" disse, sustentando que esta aposta vai continuar.

Outros programas do PRR vão permitir atuar noutros níveis, como a educação e estas transformações"vão para lá da conclusão do programa", prevista para 2026.

Notícia atualizada às 15h39.