ºC, Braga
Braga

Max º Min º

Guimarães

Max º Min º

DR
Pedro Magalhães

Regional 04.12.2020 07H30

Crescimento urbano de Guimarães vai fazer-se junto ao campus da UMinho

Escrito por Pedro Magalhães
Autarquia vê o crescimento da cidade na freguesia de Azurém.
Declarações de Domingos Bragança, Seara de Sá e André Coelho Lima

false / 0:00

A Câmara de Guimarães quer fazer crescer a cidade até à freguesia de Azurém e a envolvente do campus da Universidade do Minho será chave para o desejado desenvolvimento urbano.


A autarquia apresentou esta quinta-feira, dia 3, em reunião pública de executivo municipal, uma proposta para a delimitação de uma área de reabilitação urbana (ARU) - parcelas do território concelhio que podem ser reabilitadas, incluindo conjuntos de edifícios e de espaços públicos - em Azurém e que tem o objectivo de expandir a malha urbana da cidade para lá do centro histórico.


A ARU de Azurém terá reflexo, numa primeira fase, na reabilitação da antiga Fábrica Gabelex onde estará instalada uma nova residência para estudantes. O presidente da Câmara vimaranense, Domingos Bragança, revelou que o projecto, a cargo de um promotor privado e apresentado há mais de um ano, está em fase de aprovação e vai cumprir o objectivo da autarquia de "ser uma cidade universitária", fazendo com que Guimarães "apresente novas camadas de crescimento em vez de estar sempre concentrada no núcleo das três freguesias da cidade".


O vereador do urbanismo, Fernando Seara de Sá, explicou que a ARU vai integrar a variante de Guimarães, as ruas de São Torcato e Madre de Deus, pretendendo "quebrar a questão da variante" que funciona "como uma barreira física forte para o desenvolvimento da cidade com outras zonas". Assinalando que Azurém tem "uma centralidade evidente", o responsável político adiantou que a ARU não pretende apenas reabilitar através da construção mas também "repensar o espaço público, as ruas, as estradas e os espaços verdes", estabelecendo assim "a unificação com a cidade".



PSD pede inclusão da zona da Pegada e Câmara revela eventual nova residência estudantil

A oposição aprovou a proposta de ARU, tendo o vereador do PSD, André Coelho Lima, elogiado "a nova filosofia do conceito de ARU que favorece o preenchimento de espaços urbanos vazios" mas propôs, no projecto, o enquadramento da zona da Pegada, lateral ao campus de Azurém da Universidade do Minho, e actualmente desocupada de edificado. 


À sugestão, Fernando Seara de Sá explicou que a ARU "não contempla formas de suporte a novos edificíos" mas cedo Domingos Bragança se apressou a revelar que, fora do mecanismo da ARU, a autarquia está em conversações com um promotor privado que, em negociação com os proprietários dos terrenos da Pegada, possibilitará "um contrato de urbanização".


O autarca desvendou que o contrato prevê a construção de edificado que pode passar por motéis ou até novas residências para estudantes, adiantando que o projecto poderá ser levado em breve a sede de reunião de executivo municipal.

Deixa-nos uma mensagem