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Pedro Magalhães

Cultura 09.07.2019 19H20

De Guimarães para o mundo, CIAJG abraça "Terra"

Escrito por Pedro Magalhães
"Terra" é um ciclo de concertos que leva Aline Frazão, Otim Alpha e Zulu Zulu ao Centro Internacional das Artes José de Guimarães, entre este mês e Novembro.

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Aline Frazão, Otim Alpha e Zulu Zulu são os protagonistas do novo ciclo de concertos que vai acontecer, entre este mês e Novembro, no Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), em Guimarães. “Terra” é uma iniciativa promovida pela associação vimaranense Capivara Azul, com a co-produção da cooperativa Oficina e apoio do município.


O ciclo de concertos tem por objectivo reunir no CIAJG as músicas do mundo, num diálogo com a colecção permanente no espaço, que inclui actualmente peças de arte africana e pré-colombiana e obras do artista plástico que dá nome ao museu. O contacto entre exposições e concertos pretende ainda explorar a multidisciplinaridade do museu vimaranense.


A apresentação do ciclo de concertos decorreu esta manhã, precisamente no CIAJG, e Luísa Alvão, responsável da Capivara, começou por referir que o leitmotiv de Terra “surge pela necessidade de contrariar o ambiente político hostil actual através da celebração da diversidade cultural”. Explorar o CIAJG, assinalou, “pareceu o lugar de excelência a partir de onde Guimarães pode olhar para o mundo”.


O mote estava dado e, de Guimarães para o mundo, o director da cooperativa Oficina João Pedro Vaz enfatizou a ideia do CIAJG em “ser um museu mundo”. O responsável assinalou que o diálogo entre a colecção permanente e as obras de José de Guimarães com o ciclo de concertos “é mais do que pertinente”.


O ciclo de concertos que apresenta os artistas Aline Frazão (20 de Julho), Otim Alpha (28 de Setembro) e Zulu Zulu (23 de Novembro). Samuel Silva, outro dos membros da Capivara Azul, apresentou Aline Frazão como a artista que representa bem o diálogo com o CIAJG, visto ser angolana, mesma nacionalidade de José de Guimarães. A cantora e compositora vai apresentar-se com banda pela primeira vez este ano. Em Setembro, a black box do CIAJG traz Otim Alpha, banda do Uganda, “que pega em música tradicional do Uganda e a cruza com a música electrónica”. Para concluir o ciclo chegam os Zulu Zulu, projecto espanhol de Palma de Maiorca que “faz música a olhar para o mediterrâneo e África”.


O ciclo de concertos tem por objectivo reunir no CIAJG as músicas do mundo, num diálogo com a coleção permanente no espaço e que inclui peças de arte africana e pré-colombiana e às obras do artista plástico que dá nome ao museu.


Em representação do município esteve Adelina Paula Pinto, vereadora da Cultura. A autarca desfez-se em elogios à capacidade das associações do concelho em idealizarem novas propostas para a cultura local e lembrou que o CIAJG é um espaço que pode ser multidisciplinar.


Adelina Paula Pinto abordou o estado actual do CIAJG

O presente e futuro do CIAJG têm sido questionados pela oposição na câmara municipal de Guimarães. A saída anunciada do director-artístico Nuno Faria e a ausência de substituto no imediato foram motivo de críticas pela parte da coligação Juntos por Guimarães na última reunião de executivo. Sem nunca mencionar directamente o assunto, Adelina Paula Pinto referiu que a melhor resposta às críticas é realização de ciclos como o Terra e deixou ainda uma achega sobre o estado do CIAJG.


“Este ciclo vai ser um momento importante principalmente nesta altura em que tanto de discute este equipamento, se é só visto do lado da despesa ou se é ainda uma questão de investimento”, enfatizou.


Os bilhetes para os concertos (sempre na blackbox do CIAJG, com início às 21h30) já se encontram à venda nos locais habituais e também online. O passe geral custa 20 euros e pode ser adquirido aqui.

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