A dívida pública não pára de subir. Em julho, o endividamento das administrações públicas na ótica de Maastricht aumentou cerca de mil milhões de euros, atingindo um novo recorde histórico nos 288 mil milhões de euros, segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal.

O Banco de Portugal explica que esta subida se deveu ao aumento dos títulos de dívida pública (800 milhões de euros) e dos Certificados de Aforro (400 milhões de euros), “que foi parcialmente compensado pela diminuição dos Certificados do Tesouro (-200 milhões)”.

Desde dezembro do ano passado que a dívida pública está a crescer. Neste período de oito meses consecutivos a subir o endividamento público agravou-se 18,8 mil milhões de euros, mostram os dados do supervisor.

Ainda assim, em termos líquidos de depósitos detidos pelas administrações públicas, a dívida pública caiu 1,4 mil milhões em julho, fixando-se nos 258,8 mil milhões de euros, o valor mais baixo desde janeiro.

Em outubro, Portugal terá de devolver 11,4 mil milhões de euros aos investidores relativos a uma linha de Obrigações do Tesouro a 10 anos lançada em 2015 e que está agora a atingir a maturidade, prevendo-se nesse mês uma redução significativa da dívida pública. Adicionalmente, o Estado está de pagar cerca de mil milhões de euros ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) até final do ano, reembolso relativo ao resgate do país em 2011.

A dívida pública atingiu os 98,1% do Produto Interno Bruto no final do primeiro semestre — depois de ter fechado 2024 nos 94,9%. O Governo prevê uma redução para 91,5% no final deste ano.

Jornal Eco