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Liliana Oliveira

Academia 11.07.2025 22H15

Docentes da UMinho preocupados com "utilização irregular de IA nos processos de avaliação”

Escrito por Liliana Oliveira
O tema foi levantado na reunião do Conselho Geral desta sexta-feira, no ponto referente ao plano de atividades do Conselho de Ética, que acabou aprovado por unanimidade.  

Alguns representantes dos docentes e investigadores no Conselho Geral da Universidade do Minho apelaram, na reunião desta sexta-feira, para uma reflexão profunda sobre as questões de ética associadas às ferramentas de inteligência artificial (IA). O tema foi levantado no ponto referente ao plano de atividades do Conselho de Ética, que acabou aprovado por unanimidade.


Luís Barbosa alertou, por exemplo, para “o índice elevado de utilização irregular de ferramentas de IA nos processos de avaliação”. No entender do docente, estes problemas “não se resolvem com regulamentos, regras ou contextos mais punitivos, mas exigem uma reflexão grande da Universidade”. Maria do Céu Cortez também lembrou que “não é possível fugir das questões éticas associadas a IA”. “Todos sentimos necessidade desse espaços de debate e formação”, acrescentou.


A presidente do Conselho de Ética, Cecília Leão, adiantou que este será um tema abordado no Fórum de Ética deste ano. As preocupações surgem, sobretudo, associadas à avaliação dos estudantes. “Chegam até nós pedidos, muitas vezes, de avaliação, nomeadamente relacionados com os trabalhos escritos, que são objeto de avaliação. Tem mesmo que se refletir e saber como é que se vai atuar, porque aí o problema é mesmo a questão fundamental da autoria dos trabalhos. Na investigação, aplica-se o mesmo quanto à redação dos artigos”.


A última versão do Código de Ética e Conduta da UMinho, que já foi publicado em Diário da República, inclui uma parte “referente à inteligência artificial que está já consagrada no processo de revisão do Código Europeu de Conduta para a Integridade na Investigação, acautelando aspetos de regulamentação”.

“Vamos continuar a trabalhar e a fazer workshops, acompanhando também o que se está a fazer já noutras instituições a nível nacional e europeu”, afirmou Cecília Leão.

A presidente do Conselho de Ética considera oportuno “regulamentar através de níveis de risco: amarelo, verde e vermelho”. Além disso, pondera organizar um seminário com investigadores. 

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