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Redação

Nacional 20.04.2024 12H33

Docentes pedem soluções até junho para haver paz nas escolas 

Escrito por Redação
Além da recuperação do tempo de serviço, a FNE lembrou que existem outros problemas nas escolas, que vão desde a indisciplina nas salas de aula até à falta de professores. 

A Federação Nacional da Educação (FNE) defendeu esta sexta-feira que as negociações para a recuperação do tempo de serviço congelado aos professores terão de estar terminadas até junho para garantir que a paz regressa às escolas no próximo ano letivo.


No final da primeira reunião com a nova equipa do Ministério da Educação, Ciência e Inovação o secretário-geral da FNE defendeu que os professores precisam de um sinal da tutela, que tem de ser dado nos próximos dois meses, para que “o início do próximo ano comece com tranquilidade e paz”.


Pedro Barreiros referia-se às negociações que começam em maio para a contabilização dos cerca de seis anos e meio de trabalho congelado durante o período da Troika.

“Os processos negociais agora iniciados terão de estar terminados o mais tardar no final de maio, início de junho”, disse aos jornalistas no final da reunião com a tutela, recordando que o Governo tem como proposta uma recuperação anual de 20%, mas para a FNE a fórmula a aplicar “não pode ser inferior a 30%”.

Além da recuperação do tempo de serviço, a FNE lembrou que existem outros problemas nas escolas, que vão desde a indisciplina nas salas de aula até à falta de professores.


Em declarações aos jornalistas, o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, reafirmou a intenção de começar já este ano a contabilizar o tempo de serviço congelado, prevendo devolver agora 20% e os restantes 80% nos próximos quatro anos de legislatura.


Fernando Alexandre salientou o “espírito muito positivo” das reuniões realizadas na quinta-feira e hoje com as 12 estruturas sindicais, reafirmando que no centro de todos esses encontros esteve a recuperação do tempo de serviço.

Sobre o custo da medida, o ministro disse ter uma equipa a fazer os cálculos que deverão ser conhecidos muito em breve.


Todos os sindicatos defenderam uma recuperação mais rápida, tendo apresentado várias fórmulas, desde uma recuperação em apenas dois anos, passando por três e até quatro anos.

Além do ministro estiveram presentes nas reuniões o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Alexandre Homem Cristo, o secretário de Estado da Administração e Inovação Educativa, Pedro Dantas da Cunha, e a secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido.


Reuniões marcadas pelo Governo não travam protestos

Já o Expresso adianta este sábado que a estratégia do Governo foi anunciar logo o início de negociações e reuniões com várias classes profissionais. Mas trabalhadores têm pressa e primeiro-ministro já deu sinal de demora.


Ainda o Governo não estava em plenas funções e já anunciava que iria marcar reuniões com vários sectores da Administração Pública para revisão de regras remuneratórias. No primeiro dia do debate do Programa do Governo, o primeiro-ministro anunciou que as reuniões com polícias e professores iriam começar nos 10 dias seguintes. E começaram. Com os polícias até começaram logo no dia a seguir, mas afinal seriam só para ministra e associações se apresentarem e trocarem cumprimentos. Reuniões para negociar só dia 22, mas já com uma ameaça de protestos em cima da mesa.


c/Lusa e Expresso

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