Academia 11.03.2025 16H47
EEG quer instalar UMinhoExec no edifício do Castelo até ao final de 2027
Requalificação do edifício no centro da cidade depende de aprovação de uma candidatura à CCDR-N.
Dos cerca de nove milhões necessários para requalificar o edifício do Castelo, no coração da cidade de Braga, a Escola de Economia, Gestão e Ciência Política, que ali instalará a UMinho Exec, já angariou três milhões. Por confirmar está ainda uma candidatura a fundos da CCDR-N, de aproximadamente 5,5 milhões, que terá que ser submetida até ao final deste mês. Estão já certos dois milhões de euros provenientes de empresários da região, que terão descontos na formação dos seus colaboradores, e um milhão de euros, verba que foi aprovada esta semana pelo executivo municipal de Braga. Assim sendo, Luís Aguiar-Conraria frisou que o reitor reconheceu a importância do projeto, mas a EEG teria que “mobilizar os recursos necessários”.
“As melhores ‘business schools’ do país têm os seus edifícios. Portanto, o que nós queremos é ter ali a nossa escola de formação executiva funcionar ali. Vai ter um auditório, salas de aula, de informática, criação de conteúdos e salas de trabalho colaborativo”, explicou o presidente, que acredita ser possível instalar a UMinhoExec no Castelo até ao final de 2027. O presidente explicou ainda que “as empresas valorizam a ligação à academia” e que a UMinho Exec, a escola de executivos da Universidade do Minho, se tornará uma “associação sem fins lucrativos”.
O reitor Rui Vieira de Castro está confiante na aprovação da candidatura à CCDR-N, mas caso não aconteça a instituição tem “preenchidas um conjunto de condições que quase obrigam a um envolvimento na concretização deste projeto, independentemente de quais forem as circunstâncias”. “Este projeto é essencial para a escola e para a Universidade, porque representa uma solução para um problema que a Universidade tem e que se prende com a situação em que se encontra o edifício do Castelo. Um projeto com este perfil é demasiado importante para que possa falhar, e não vai falhar”, garantiu, acrescentando que a manutenção do edifício será responsabilidade da UMinho.
EEG é "uma escola essencial para a concretização do projeto da Universidade”
A celebrar 43 anos desde a sua fundação, a Escola de Economia, Gestão e Ciência Política é, para o reitor, “uma escola essencial para a concretização do projeto da Universidade”, que contribuí “de forma expressiva para o desenvolvimento da região e do país”. A EEG, frisou ainda Rui Vieira de Castro, tem produzido investigação “sobre aquilo que é a economia portuguesa”, tem apostado na “qualificação de pessoas na área da gestão dos recursos humanos, das relações internacionais, da administração pública, da economia e também pelo extenso portfólio de projetos de prestação de serviços a entidades públicas e privadas da região”.
O reitor desafiou ainda a EEG a reforçar a formação doutoral e também a apostar na internacionalização.
Luís Aguiar-Conraria lembrou que a escola tem trabalhado na acreditação internacional, que deverá ser reforçada até 2026. “É evidente que com a acreditação internacional a nossa escola passa a ser internacionalmente reconhecida, passa a fazer parte de uma elite mundial de escolas que têm aquela acreditação e acreditamos que isso facilite a internacionalização da EEG”, acrescentou.
Quanto à questão da formação doutoral, o presidente da Escola não está certo de que a abertura de mais doutoramentos seja um passo positivo, no sentido em que “há muitos doutoramentos em Economia, em Gestão e em Ciência Política neste país”. “A ideia de fazer doutoramentos em contexto não académico é uma oportunidade a explorar e é um projeto para o futuro”, finalizou.
Já o reitor alega que a formação doutoral “visa diferente tipo de objetivos”, desde logo “capacitar pessoas para o desenvolvimento de percursos profissionais no âmbito do sistema científico, mas também capacitar pessoas para poderem intervir de uma forma altamente qualificada face àquilo que são desafios que se colocam a organizações, a empresas, a entidades públicas”. Rui Vieira de Castro desafiou ainda a EEG a explorar “novas modalidades de formação doutoral, designadamente em contexto não académico, porque também aí se abrem oportunidades muito interessantes para a afirmação da própria escola, seja no plano estritamente científico, seja no plano da articulação com entidades parceiras”.