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Foto: Sérgio Freitas
Liliana Oliveira

Regional 26.09.2024 15H43

“Emprego jovem deve ser uma prioridade nas políticas públicas”

Escrito por Liliana Oliveira
Estudo “Estratégia de Emprego para a Juventude na Eurorregião Galiza – Norte de portugal” foi apresentado esta quinta-feira, em Braga.   
Declarações de César Campos e Ricardo Rio

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“O emprego jovem deve ser uma prioridade nas políticas públicas e nas estratégias das empresas”.

A premissa foi partilhada por César Campos, presidente do Conselho Sindical da InterRegional Galiza-Norte de Portugal, na apresentação das estratégias de ação, resultantes de um estudo sobre emprego jovem nesta Eurorregião, apresentado esta quinta-feira, em Braga.

O responsável enalteceu “a importância de uma educação que esteja alinhada com as demandas atuais e futuras do mercado de trabalho”.


“O sistema educacional, em muitos casos, não prepara os jovens de forma prática para os desafios reais e, por isso, é essencial promover mais estágios, programas de aprendizagem e iniciativas de mentoria para que os jovens possam desenvolver não apenas conhecimentos teóricos, mas também competências práticas”, acrescentou César Campos. O incentivo ao empreendedorismo é também fundamental para dar espaço às “ideias inovadoras” dos jovens, que “esbarram na falta de apoio, capital e orientação”. “Incentivar políticas que favoreçam o empreendedorismo jovem pode ser uma solução poderosa para reduzir o desemprego e impulsionar a economia”, atirou.


Para o sindicalista, “é preciso investir em educação de qualidade, em programas que facilitem

a transição para o mercado de trabalho e em iniciativas que incentivem o empreendedorismo e a inovação”, não apenas para “garantir o futuro dos jovens, mas também fortalecendo a economia e a sociedade como um todo”.


"É cada vez mais importante que esta Eurorregião se posicione internacionalmente como um bloco"


O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, enalteceu a importância do estudo para que as decisões quanto a políticas públicas possam ser tomadas de forma consciente.

“O Norte de Portugal e a Galiza são territórios com muitas afinidades e é cada vez mais importante que esta Eurorregião se posicione internacionalmente como um bloco, como uma referência de colaboração e não como dois espaços competitivos, como alguns às vezes querem estimular”, apontou Ricardo Rio.


O autarca desafia esta região a “posicionar-se na Europa e no Mundo como um território comum, separados por uma fronteira que manifestamente já quase não existe, mas que efetivamente tem todas as condições do ponto de vista do conhecimento científico, do dinamismo empresarial e da qualidade das pessoas para ser um território competitivo, que pode atrair, fixar e estimular o desenvolvimento”. Ricardo Rio lembrou, no entanto, que este território é também “muito heterogéneo, confrontado com desafios de natureza demográfica, com o enriquecimento de determinadas zonas, com algum abandono e decréscimo da população em várias zonas do interior”. “É também responsabilidade das políticas públicas e daquilo que são as opções dos governos nacionais, das estruturas regionais”, atirou.


Ricardo Rio considera que estes “são os desafios para o futuro que não podem ser abandonados do ponto de vista da política de coesão e do estímulo à competitividade dos territórios”.

Em Braga, desvendou o autarca, “estão a ser criados quase 2 mil postos de trabalho por ano, por empresas das mais diversas áreas de atividade”. “O que temos para oferecer a quem investe e a quem cria emprego em Braga é a qualidade das pessoas”, acrescentou.


Estudo “Estratégia de Emprego para a Juventude na Eurorregião Galiza – Norte de portugal” 


O estudo realizado pela Rede Eures Transfronteiriça Galiza – Norte de Portugal conclui que “devem ser feitas mudanças na aplicação de políticas ativas de emprego para melhorar a sua eficácia, aproximando-as da realidade juvenil e comparando-as com oportunidades que o mercado de trabalho oferece”.


Além disso, “os serviços públicos de emprego devem ser reforçados, para que possam desenvolver orientação profissional de forma eficaz” e “as políticas ativas de emprego devem estar ligadas a outras políticas e planos específicos para o desenvolvimento de setores estratégicos que gerem emprego líquido e de qualidade”.


Segundo o estudo, “a ação conjunta entre os parceiros sociais e empresas é essencial para identificar necessidades de formação” e é necessário “preparar um mapa de oportunidades de emprego para os jovens na Eurorregião”. Além disso, parece interessar também uma “maior divulgação das necessidades formativas da Eurorregião Galiza – Norte de Portugal” e a promoção de “acordos no domínio da educação (homologação de qualificações)” nestes territórios. 


O estudo foi apresentado, esta quinta-feira, no Centro de Formação Profissional de Mazagão.

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