Academia 12.10.2023 20H11
EPsi acolhe iniciativa sobre cuidados prestados na hospitalização de bebés prematuros
Simpósio “Cuidar em Contacto nos Cuidados Intensivos Neonatais” tem início, esta sexta-feira, às 9h30 e conta com 130 participantes.
A Escola de Psicologia da Universidade do Minho é palco, esta sexta-feira, do simpósio “Cuidar em Contacto nos Cuidados Intensivos Neonatais”. A iniciativa está agendada para as 9h30 e tem como objetivo refletir sobre o toque afetivo nos cuidados prestados durante a hospitalização de bebés prematuros, bem como o seu impacto no neurodesenvolvimento.
O evento conta com oradores de diversas áreas e cerca de 130 participantes, desde profissionais de saúde, académicos, estudantes, professores de educação especial e público em geral, nomeadamente pais de crianças prematuras.
O programa prevê as intervenções de Paula Guerra, da Associação Portuguesa de Apoio ao Bebé Prematuro, Sandra Costa e Sara Almeida Girão, do Centro Hospitalar Universitário de São João - Porto (CHUSJ), e Elsa Silva, da Associação Portuguesa de Pais de Bebés Prematuros. Às 12h15 é a vez de Francis McGlone, neurocientista da Universidade de Liverpool (Reino Unido), abordar a investigação na área do toque afetivo, propondo um dispositivo que permite simular um toque gentil com vista a ser disponibilizado a bebés prematuros quando estão na incubadora, ou seja, quando não é possível beneficiar do contacto pele-a-pele devido à sua condição clínica ou à impossibilidade de presença dos cuidadores.
No evento vai ser ainda apresentada a versão portuguesa de "Cuidar do seu bebé na unidade de cuidados neonatais: um livro para os pais", de Inga Warren e Cherry Bond. O encontro pretende promover e debater as recomendações de cuidados de saúde neonatais, concretamente o contacto pele-a-pele, componente fundamental do “kangaroo mother care” a ser implementado no caso da parto prematuro, isto é, antes das 37 semanas de idade gestacional.
O simpósio marca ainda o arranque de um projeto científico alusivo no CIPsi, que envolve o CHUSJ e é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. “Queremos compreender como está a ser implementado o contacto pele-a-pele durante a hospitalização de bebés prematuros, perceber os seus benefícios durante o período de hospitalização e o seu impacto na trajetória neurodesenvolvimental, mas também trabalhar em colaboração com o professor Francis McGlone no desenvolvimento da sua proposta para um colchão que pode ser colocado na incubadora para simular um toque gentil”, contextualiza a psicóloga Joana Antunes, que na UMinho vai dedicar a tese doutoral em Psicologia - especialização em Neurociência Psicológica a este tema.