ºC, Braga
Braga

Max º Min º

Guimarães

Max º Min º

MASSIMO PINCA  
Vanessa Batista

Regional 15.09.2020 15H29

Regresso às aulas com défice de assistentes operacionais em Braga

Escrito por Vanessa Batista
A RUM conversou com os directores dos agrupamentos de escolas de Braga para perceber o que muda, a partir desta quarta-feira, neste regresso às aulas atípico devido à pandemia de Covid-19. 

Não haverá banhos depois das aulas de educação física na maioria dos agrupamentos de escolas do concelho de Braga. A Universitária conversou com os responsáveis para perceber o que muda nas aulas de educação física, intervalos, bares e cantinas. Outra das questões prementes está relacionada com as distâncias de segurança entre alunos dentro das salas de aula.


No caso de estudantes que pertencem a grupos de risco e com necessidades especiais qual o regime de ensino que será adoptado. As respostas dos responsáveis das escolas e os "silêncios" do Ministério da Educação e da Direcção-Geral de Saúde.


Não haverá banhos depois das aulas de educação física na Escola Básica de Lamaçães.


A proposta, segundo o director do Agrupamento D. Maria II, já foi feita e ao que tudo indica será aprovada. Em entrevista à RUM, João Dantas explica que é "impossível" garantir uma distância de segurança de dois metros nos doze balneários do agrupamento, logo a melhor opção passa por restringir as entradas a três alunos de cada vez nos balneários femininos e masculinos. As aulas vão decorrer, sempre que possível, em contra turno.


Nas Escolas do Agrupamento D. Maria II a tolerância para utilização dos WC será reforçada em tempo de aula. Os bares estarão encerrados e na cantina a lotação será limitada a 25%, em vez dos 50% inicialmente avançados, ou seja, por dia só serão servidas entre 50 a 60 refeições em simultâneo.

Segundo o director do agrupamento estão em falta seis assistentes operacionais. João Dantas não acredita que o Ministério da Educação preencha esta lacuna no ensino secundário. No caso da Câmara Municipal de Braga, não existe uma lista de reserva de recrutamento.


Este ano foi aberta uma nova turma para o curso de Línguas e Humanidades devido ao aumento da procura. Nesta área cada turma tem 28 alunos. As restantes terão, no máximo, 24 estudantes. 


O director voltou a alertar que o distanciamento social é praticamente impossível, principalmente, no primeiro ciclo. Os alunos com necessidades especiais e considerados de risco vão contar com apoio dos professores através de vídeo-conferência.

Nas escolas do agrupamento as aulas para o pré-escolar e 1º ciclo têm início no dia 16 de Setembro. Os restantes alunos começam este ano letivo atípico a 17 de Setembro, quinta-feira.


Garantido o ensino à distância para os alunos inseridos em grupos de risco no Agrupamento de Escolas Alberto Sampaio.

A garantia foi dada aos microfones da RUM pelo director, João Andrade, sendo que os alunos nesta situação irão receber uma câmara web para acompanharem as aulas. Nos estabelecimentos de ensino que integram este agrupamento as aulas têm início a 17 de Setembro.


Tal como a Universitária já tinha avançado, os horários serão desfasados, de modo a garantir a segurança de toda a comunidade. Um dos principais problemas dentro das escolas está relacionado com os balneários. Os banhos estão proibidos, logo as aulas serão agendadas de modo a que os alunos possam chegar equipados ou regressar a casa de seguida. João Andrade reconhece que a solução não é a ideal, contudo é a única possível.


No que toca aos intervalos foram pensadas duas soluções. "Em caso de bom tempo, metade das turmas têm um intervalo no exterior de 15 minutos e as restantes ficam dentro da sala de aula num intervalo de apenas 5 minutos. Quando estiver mau tempo, caso seja necessário temos previsto e aprovado um novo intervalo a meio das aulas", o que significa que alguns estudantes vão sair mais cedo.


Neste agrupamento, o distanciamento conseguido é de um metro dentro das salas de aula. Uma realidade que não se repete nas escolas primárias, uma vez que o mobiliário não permite a separação das crianças.

Os bares das escolas do Agrupamento Alberto Sampaio estarão encerrados. Para colmatar esta necessidade será criado um serviço diário que levará, sala a sala, lanches embalados. Uma forma de "evitar pontos de concentração".


Neste ano letivo não está previsto um reforço de assistentes operacionais. O agrupamento de Escolas Alberto Sampaio está, no entanto, a tentar garantir uma substituição rápida em caso de doença.



Défice de assistentes operacionais é "preocupante" no Agrupamento de Escolas Sá de Miranda.


Segundo a directora, Antonieta da Rocha e Silva, a situação já é "complicada" na Secundária Sá de Miranda. A escola tem dois funcionários com mais de 60 anos e quatro com condicionantes por motivos de saúde, situação que está a preocupar a direcção.


Para os 2.250 alunos do agrupamento, o arranque do novo ano lectivo acontece quarta-feira, 16 de Setembro. No primeiro dia serão distribuídos kits com três máscaras reutilizáveis. Os estudantes com necessidades especiais vão continuar num regime presencial. Já os alunos que pertencem a grupos de risco vão ter aulas à distância.


Quanto à questão dos balneários, “silêncio” foi a palavra utilizada pela directora para descrever a falta de diretrizes por parte do Ministério e da DGS. Assim como no Agrupamento de Escolas D. Maria II e Alberto Sampaio, os banhos estão proibidos. No local só poderão estar quatro alunos em simultâneo. Neste momento, os balneários estão a ser alvo de remodelação e é aconselhado que os alunos cheguem já preparados para as aulas práticas de educação física.


Em Palmeira, todos os alunos vão ter os seus turnos definidos para utilização da cantina. Já na secundária existem 46 lugares disponíveis e opção de take-away para alunos sem aulas da parte da tarde. Ao contrário do que acontece em outros agrupamentos, o bar estará aberto, mas sem confecção de alimentos. Nos intervalos estãon proibidos ajuntamentos com mais de quatro pessoas.





Distanciamento social não está garantido no Agrupamento de Escolas Carlos Amarante.


Hortense Santos, directora do agrupamento, reconhece que uma vez que não existiu uma redução do número de alunos por turma, o distanciamento entre alunos será feito "dentro do possível", visto que as turmas estão completas. À RUM, a responsável frisa que em alguns casos não é possível assegurar uma distância superior a um metro entre alunos.


A contrário dos anteriores agrupamentos, nas escolas sobre a alçada da Carlos Amarante, o banho depois das aulas de educação física não está proibido. Porém, o acesso aos balneários será restringido a um número inferior de alunos. Também os horários serão desfasados para evitar a concentração de alunos.

A capacidade das cantinas está reduzida a 50%. Todos os utilizadores serão sentados de forma intercalada. Posteriormente, os lugares serão desinfectados. A secundária Carlos Amarante tem capacidade para servir 80 refeições.


Neste agrupamento de escolas as aulas serão presenciais para todos os alunos. Até ao momento a direção não recebeu nenhum pedido para apoio à distância. No que toca a assistentes operacionais estão em falta quatro funcionários. 




Deixa-nos uma mensagem