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FOTO: CMB
José Brás

Regional 10.09.2025 19H18

Inclusão é um dos grandes desafios das escolas de Braga 

Escrito por José Brás
As escolas básicas de Quinta da Veiga, do Bairro Económico, de Ponte Pedrinha e de Ortigueira, devem iniciar os trabalhos de remodelação ainda este ano. A par de outros desafios, a "inclusão" é sublinhada por Carla Sepúlveda e Ricardo Rio como uma "vantagem". 
Palavras de Carla Sepúlveda, vereadora da Educação na Câmara Municipal de Braga, a propósito da abertura do novo ano letivo:

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Carla Sepúlveda, vereadora da Educação na Câmara Municipal de Braga, admite que a inclusão é um dos desafios do momento nas escolas do concelho, acompanhando o fenómeno que se regista noutros concelhos do país. Esta foi uma das preocupações mencionadas pela responsável à margem da cerimónia de abertura do ano letivo que decorreu na tarde de terça-feira no Forum Braga juntando muitos dos profissionais das escolas do concelho.


Numa tarde em que se falou também de investimentos em várias escolas básicas, a responsável, que está de saída do executivo municipal, fez o ponto de situação sobre as intervenções e os espaços temporários onde alunos, professores e profissionais não docentes vão desempenhar as suas funções nos próximos tempos.

De acordo com a vereadora, as escolas básicas de Quinta da Veiga, do Bairro Económico, de Ponte Pedrinha e de Ortigueira iniciam os trabalhos de remodelação ainda este ano. Todas têm locais definidos para a relocalização das turmas com exceção da Escola Básica de Ortigueira devido à falta de tempo dos serviços camarários para a revisão do processo. Segundo a responsável, a escola não tem espaço provisório definido porque “o município respondeu a financiamentos prioritários e haviam escolas que já estavam sinalizadas há mais tempo”. “Como os serviços não são imensos, muitas vezes não conseguimos chegar a todos os lados”, assume.

Apesar deste contratempo, e de o processo passar a ser responsabilidade de um novo executivo camarário, a autarca acredita que “nos próximos tempos, já no primeiro trimestre, haja alguma novidade em relação a essa escola”.


Quanto às escolas com espaços provisórios já definidos, a EB de Ponte Pedrinha vai funcionar no recinto da EB 2/3 do André Soares, a escola do Bairro Económico vai ocupar  “um espaço no próprio recreio” e, finalmente, a de Quinta da Veiga será transferida para o espaço da Escola de Educação Rodoviária que, mais tarde, “será remodelado para também adaptá-la àquilo que são as exigências da mobilidade e da cidade em si”.


“Os AO estão sempre nas nossas prioridades por isso é que eles têm este dia dedicado inteiramente”


O evento que “marca o arranque do ano escolar” foi preenchido com apresentações musicais, palestras e a entrega de medalhas de serviço, naquela que é uma iniciativa pensada para “valorizar os assistentes operacionais (AO)”.

“Muitas vezes falamos nos professores, falamos em tudo que gravita à volta da escola e ninguém, ou pouca gente, fala nos assistentes operacionais, nos assistentes técnicos, que são aqueles que no dia-a-dia fazem das tripas coração para que tudo funcione”. Os AO estão sempre nas nossas prioridades por isso é que eles têm este dia dedicado inteiramente”, acrescenta.


Desde o ano letivo passado que a Câmara Municipal de Braga tem nos quadros mais 67 AO do que aquele que é o limite mínimo definido pela Direção Geral das Autarquias Locais. Para o ano letivo que agora começa, no total são 833 os profissionais alocados a todas as escolas públicas. Este ano letivo, foram contratados 20 profissionais para suprir as necessidades das escolas com alunos com necessidades específicas e com maior grau de dependência e todos os jardins de infância terão, também, mais um profissional, como a RUM já tinha noticiado.


Mais de 70 nacionalidades nas escolas de Braga

Estes profissionais são “os principais responsáveis” por colmatar um dos principais desafios que a escola passa hoje – “a inclusão” – que, nas palavras da vereadora, não passa só pelos alunos com necessidades especiais, mas também "aquilo que é a nova realidade do país, que é a multiculturalidade que temos na escola.”

“Há escolas que têm 70 nacionalidades diferentes, ou mais de 70, como é o caso das escolas do Agrupamento Alberto Sampaio”, acentua.


Para o presidente da autarquia, Ricardo Rio, esta convivência intercultural é uma "vantagem", relembrando que " não é fácil encontrar, no mundo desenvolvido, cidades em que quase 40% da população tenha menos de 30 anos de idade" como é o caso de Braga.



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