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Redação

Cultura 24.07.2024 11H11

Curtas Vila do Conde: “Espero que este prémio me abra novas portas” 

Escrito por Redação
Além de vencer o Festival Internacional Curtas Vila do Conde, o filme de Mário Macedo fica ainda qualificado para a pré-seleção dos Óscares.
Palavras de Mário Macedo, realizador do filme ‘That's how I love you’.

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Natural de Joane, o realizador Mário Macedo venceu a competição internacional de Curtas da 32ª edição do Festival Internacional Curtas Vila do Conde, que decorreu este fim de semana. Com uma história que conta o período em que uma criança passa as férias em casa dos avós, ‘That's how I love you’, também recebeu o galardão da Academia Europeia de Cinema e viabilizou assim a produção como candidata do Curtas aos European Film Awards.


Aos microfones da RUM, o realizador adianta que a curta inspira-se em pedaços do seu passado em Vila Nova de Famalicão, onde “passava muito tempo na casa dos avós, que viviam numa vila próxima”, e traz ainda à tona essa “fantasia" ainda que com traços "violentos" apesar de ser uma história "cheia de amor”. “A produção faz paralelismos sobre esta banalidade do mal e do próprio processo de educação”, adianta.


O filme é uma coprodução entre Portugal e Croácia, fruto de quatro anos em que Mário Macedo esteve no país dos Balcãs. Recorda que uma das principais dificuldades que encontrou para produzir a curta foi o idioma. Apesar de ter amigos e falar a língua local, “o facto de não dominar a língua croata” fez com que precisasse de ajuda para conseguir comunicar com os três atores, dois avós e uma criança, que não falavam inglês. “Isso ocorreu até dois dias antes das filmagens, em que a criança, revela-me que falava um inglês perfeito, e aí tornou o processo muito mais fácil”.


Mário Macedo integra uma galeria com outros três portugueses que já foram galardoados na competição internacional do Festival, o que, espera, ajude a "abrir novas portas, quer a nível de financiamento, quer de projetos futuros". Este, recorda, é o quarto filme que apresenta na mostra, sendo que em 2021 foi distinguido com o Prémio de Melhor Realizador da edição. Além do prémio principal, fica ainda qualificado para a pré-seleção dos Óscares.


Para o futuro, o cineasta revela que tem “uma curta prestes a sair, outras duas que gostava muito de fazer e mais uma longa metragem, que já está há anos a trabalhar”. Para concluir este e outros trabalhos, o realizador anseia que o reconhecimento ajude “pelo menos naquilo que se chama currículo, a filmografia”. “Ter este selo de qualidade, onde quer que vá e para quem quer que esteja a analisar os projetos, tem sempre um certo peso”, finaliza.



*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por Vanessa Batista

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