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Redação

Cultura 23.05.2024 21H13

Espetáculo 'Fado Alexandrino' reflete sobre "fins e começos"

Escrito por Redação
A adaptação da obra de António Lobo Antunes traz uma versão humana sobre quatro fases que marcaram o antes, durante e pós-25 de Abril.
Declarações do encenador Nuno Cardoso.

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O Teatro Nacional São João está de volta ao Theatro Circo. Apresenta, sexta-feira, às 21h30, e sábado, às 15h - com interpretação em língua gestual portuguesa -, a peça 'Fado Alexandrino', com base na obra do escritor António Lobo Antunes.

 

Em palco são atravessadas quatro fases da história do país: o Estado Novo, a memória da guerra colonial em Moçambique, a Revolução dos Cravos e o pós-Revolução. Aos microfones da RUM, o encenador ressalta que a performance evidencia uma ótica crítica sobre o destino de Portugal. “São quatro pontos de vista de quatro ex-combatentes sobre o que foi a guerra colonial”, acrescenta.


Os militares reúnem-se num jantar para um encontro de reflexões sobre tudo o que viveram, contando-o a um quinto elemento, o narrador da história. Para Nuno Cardoso, a obra retrata "o fado português”, com uma versão “mais humana” dos acontecimentos. Além disso, carateriza momentos "fundacionais" do Portugal atual. “A peça fala de amor, de fins e começos de relações, de decisões que tivemos de tomar. Isso é intemporal”, assinala.


Através de "uma enorme experiência teatral”, Nuno Cardoso leva à cena aquele que é considerado o grande romance sobre o 25 de Abril, na celebração do cinquentenário. O autor da obra adaptada para o teatro é, segundo o encenador, “um eterno candidato a Nobel”, por “ressoar no dia a dia, seja ele em 1972 ou em 2024, seja em Portugal ou em qualquer lugar do mundo".



*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por Tiago Barquinha Gonçalves

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