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FOTO: CM Braga
Pedro Magalhães

Cultura 02.03.2020 19H07

Estratégia Cultural 2020-2030 quer fortalecer ligação ao território

Escrito por Pedro Magalhães
O plano para a cultura de Braga para os próximos dez anos foi apresentado hoje.
Ricardo Rio, presidente da CM Braga, e Lídia Dias, vereadora da Cultura, destacam a "bússola" que o documento hoje apresentado representa para a dinâmica cultural do município.

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O município de Braga apresentou esta tarde, na antiga Escola Básica de São Pedro de Oliveira, o plano estratégico da cultura do concelho para a próxima década. O manifesto está assente nos eixos da valorização do território, descentralização e internacionalização.


No plano da valorização do território, a estratégia de Braga 2020-2030, que tem em conta os primeiros objectivos da candidatura de Braga a Capital Europeia da Cultura em 2027, prevê uma rede de equipamentos culturais em todo o concelho, programas de formação para agentes culturais locais ou residências artísticas colaborativas. Na descentralização, destaca-se a promoção de um programa para as freguesias, designado Descentra 3.0, que quer atrair público da cidade a todo o concelho, numa perspectiva artística de carácter contemporâneo. O município verte também, no documento, um programa dirigido a artistas internacionais para o desenvolvimento de residências artísticas em Braga, numa lógica de internacionalização. A Universidade do Minho não é alheia ao plano e terá contribuição nos programas Observatório Cultural - que vai dedicar-se ao estudo da informação do concelho - e Ideário, um programa anual de conferências dedicados à reflexão sobre a prática artística.


A rede de equipamentos culturais, que estima a reabilitação e aproveitamento de espaços actualmente devolutos, foi destacada pelo presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, que garantiu o investimento de 15 milhões do município, nos anos vindouros, em espaços como a antiga Escola Francisco Sanches, o São Geraldo e as Sete Fontes. O autarca assinalou que "a área cultural é chave para a estratégia municipal" nos domínios social, económico e turístico.  


Rio assegurou ainda que o esforço da autarquia no investimento e planeamento cultural vai acontecer "independentemente do resultado da candidatura de Braga a Capital Europeia da Cultura", estabelecendo que o documento hoje apresentado "é norteador e já fazia falta a todos os agentes culturais da cidade". "Queremos que seja uma bússola ao muito do trabalho que teremos de desenvolver no futuro", comentou.


A estratégia cultural de Braga para os próximos dez anos vai também "apoiar artistas emergentes", assegurou a vereadora da Cultura bracarense, Lídia Dias, que frisou a oportunidade do concelho em poder "valorizar a cultura ancestral à tecnologia e inovação", dando nota do desígnio de Braga como Cidade Criativa da UNESCO para as Media Arts.


Joana Meneses Fernandes, coordenadora geral da estratégia, revelou que a base do manifesto, que arrancou em 2018, preconizou quatro questões,respondidas por um total de 3 mil pessoas de todo o território e que ajudaram a entender as oportunidades e os obstáculos do concelho na candidatura a Capital Europeia da Cultura. A abertura da estratégia ao público não está fechada e o documento pode ser consultado, na íntegra, aqui, até Maio, sugerindo a participação da comunidade através deste endereço de e-mail.



Escola Básica de São Pedro de Oliveira é um dos primeiros equipamento da rede descentralizada

A apresentação pública do programa de Braga 20-30 decorreu na antiga Escola Básica de São Pedro de Oliveira. O espaço, revelou a vereadora da Cultura bracarense, Lídia Dias, será transformado num centro de criação e experimentação artística, sendo "um dos primeiros espaços de uma rede ambiciosa" que o município quer criar, em que a Escola Francisco Sanches funcionará como hub cultural. O espaço da Escola Básica na freguesia de São Pedro de Oliveira será inicialmente ocupado pela associação teatral Malad'arte.

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