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Ana Sofia Leite / RUM
Vanessa Batista

Academia 02.12.2021 18H50

Estudantes exigem mais segurança. Reitoria aberta para receber representantes

Escrito por Vanessa Batista
Reitoria da Universidade do Minho demonstrou abertura para receber três representantes dos alunos, algo que foi recusado pelo coletivo. Estudantes vão reunir em plenário para eleger representantes que, brevemente, serão recebidos pelo reitor Rui Vieira de Castro.
Declarações aos jornalistas durante a "Manifestação pela eliminação do assédio na UMinho".

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Os estudantes da Universidade do Minho exigem mais segurança nos campi. Esta quinta-feira, cerca de uma centena participou na "Manifestação pela eliminação do assédio na UMinho", que teve início no campus de Gualtar, junto ao Prometeu, e terminou no Largo do Paço.


Junto do edifício da reitoria da instituição de ensino superior foram entoados testemunhos anónimos, já divulgados na página de Instagram “Denuncia UMinho”, assim como cânticos onde deixaram claro que "não serão silenciados".


Na ausência do responsável máximo da academia minhota, o vice-reitor, Eugénio Campos Ferreira, demonstrou abertura para receber três representes dos alunos, algo que foi recusado. Ora, algumas das estudantes que fazem parte da organização optaram por apenas entregar o manifesto que reúne todas as reivindicações dos estudantes.


Aos jornalistas, Raquel Brandão, estudante de Relações Internacionais, exige uma revisão do Plano de Ética, a criação de uma organização específica à qual os alunos podem recorrer em caso de assédio, formação para todos os docentes que lidam com casos desta índole assim como acompanhamento psicológico para as alegadas vítimas.


Depois desta ação reivindicativa, os membros da "Manifestação pela eliminação do assédio na UMinho" vão reunir em plenário para eleger os seus representantes para que brevemente possa ser agendada uma reunião com o reitor Rui Vieira de Castro.


Recorde-se que esta semana, o reitor da Universidade do Minho, anunciou o reforço do policiamento e iluminação no Campus de Gualtar. Medidas que já estão a ser implementadas, segundo a RUM apurou.

Trata-se de um "primeiro passo fundamental", na ótica dos estudantes, mas "insuficiente" para a resolução de um problema "estrutural". O coletivo apela ao patrulhamento dentro dos campi de Gualtar e Azurém.



Além de casos de assédio, alunas alertam para alegados casos de violação dentro dos campi.


Raquel Brandão, Carlota Silva e Ana Amaral foram os principais rostos que, perante a comunicação social, denunciaram que várias alunas "têm medo" de andar sozinhas nos campi da academia minhota. 


Os casos de assédio que relatam envolvem não só estudantes como docentes e indivíduos externos. Contudo, Ana Amaral refere que para além destes episódios existem relatos de alegados casos de "violação" que foram "consumados" dentro dos campi.


Já Raquel Brandão recusa a premissa de que os "atos de exibicionismo de índole sexual” tenham surgido nas últimas semanas, visto que há relatos que remontam a 2010.


Carolina Bingre, proveniente de Coimbra, é estudante de Línguas e Culturas Orientais e conta, na primeira pessoa, que foi perseguida por quatro homens que como não consegue identificar não conseguiu apresentar queixa. 


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